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Greve já afeta operações da Petrobras

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Segundo a própria empresa, na segunda-feira 2 houve queda de 13% da produção de petróleo e 14% de gás natural. Petroleiros reclamam de práticas antissindicais
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São Paulo – A Petrobras informou, em nota divulgada na terça 3 à noite, que a greve dos petroleiros já afeta as suas operações, confirmando informações de sindicalistas. De acordo com a companhia, na segunda-feira 2 houve queda correspondente a 273 mil barris de petróleo, ou 13% da produção diária. Além disso, a paralisação fez com que 7,3 milhões de metros cúbicos de gás natural deixassem de estar disponíveis – o volume equivale a 14% do produto ofertado diariamente no mercado interno.

Para a terça-feira 3, a empresa estima que a produção de petróleo tenha caído 8,5% e que 13% do gás deixe de estar disponível. A Petrobras chama a atenção para a correspondente queda na arrecadação de tributos para União, estados e municípios. E diz que "está tomando as medidas necessárias para garantir a manutenção de suas atividades, preservando suas instalações e a segurança de seus trabalhadores".

"A companhia reitera que, apesar do efeito na produção de petróleo e gás no Brasil, resultante do movimento grevista, a distribuição está funcionando dentro da normalidade e não há previsão de desabastecimento do mercado", acrescenta.

A greve nas bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que tem 14 sindicatos filiados, começou no domingo (1º). Na base da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), com outros cinco sindicatos, a paralisação teve início na quinta-feira 29. Os petroleiros reivindicam melhores condições de saúde e segurança, mais investimentos e contratação de pessoal, e se manifestam contra o plano de gestão da estatal.

A FUP reclama de ações antissindicais da companhia. Na terça 3, o coordenador do Sindicato dos Petroleiros da Bahia, Deyvid Bacelar, representante do Conselho de Administração da Petrobras, foi preso durante ato diante da Refinaria Landulpho Alves – a Petrobras não se manifestou. Na área do Sindipetro do Norte Fluminense, o movimento já atinge 45 plataformas, de acordo com a entidade. A federação lembra ainda que a empresa não compareceu a audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), no Rio de Janeiro, para discutir regras relativas à paralisação.


Rede Brasil Atual - 4/11/2015
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