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Assédio moral? Denuncie ao Sindicato!

Linha fina
Canal de denúncias da entidade garante sigilo absoluto da identidade do trabalhador; bancos devem responder queixas em até 45 dias
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São Paulo – Cobranças abusivas em público, isolamento forçado dos colegas no local de trabalho, pressão inclusive por mensagens de e-mail, SMS WhatsApp, divulgação de rankings de resultados de forma coletiva. Essa e outras situações, que expõem de forma repetitiva e prolongada bancários a situações humilhantes e constrangedoras, podem configurar assédio moral. São abusos que interferem na vida do trabalhador de forma direta, comprometendo sua dignidade e as relações afetivas e sociais.

Para combater esse quadro e garantir um ambiente de trabalho saudável, a categoria bancária conta com o instrumento de combate ao assédio moral.

Conquista da categoria na Campanha Nacional Unificada 2010, o instrumento consiste em um canal de denúncias no site do Sindicato, que garante sigilo absoluto da identidade do denunciante. Uma vez feita a denúncia, o Sindicato apura e tem 10 dias para apresentá-la ao banco, que por sua vez possui 45 dias para dar um retorno sobre o caso.

“O instrumento de combate ao assédio moral é uma importante conquista da categoria e tem se mostrado muito efetivo. Por meio do canal de denúncias, o trabalhador tem garantido o sigilo absoluto da sua identidade, o que muitas vezes não ocorre quando a queixa é feita ao ombudsman do banco. Denúncia de assédio moral, com segurança, deve ser feita somente através do canal do Sindicato”, enfatiza o secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Dionísio Reis.

Vale a pena – Um dos bancários que buscou o canal do Sindicato para denunciar o assédio moral por parte de uma gestora, que colocava um funcionário contra o outro e os humilhava de forma pública, conta como o instrumento ajudou na solução do caso.

“Quando cheguei nessa agência, achei um absurdo o que acontecia por causa dessa gestora. 80% das pessoas tomavam tarja preta. Fui procurar ajuda dentro do banco, mas me falaram que os superiores dela sabiam dos abusos, só que ninguém fazia nada porque a agência dava excelentes resultados. Foi quando procurei uma dirigente sindical que me orientou a denunciar pelo canal do Sindicato, que minha identidade seria preservada. No fim, como a gestora já tinha sido denunciada duas vezes, ela foi desligada do banco”, narra o bancário.

“Aconselho todas as pessoas que passam pela mesma situação que busquem reunir o máximo possível de provas e façam a denúncia ao Sindicato”, enfatiza o trabalhador.  


Felipe Rousselet – 27/11/2015 
 
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