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PM invade diversas escolas ocupadas

Linha fina
Abusos da polícia aumenta tensão nos colégios; alunos e entidades denunciam que grupos arregimentados por representantes da secretaria de Educação, com apoio policial, invadem unidades à revelia da Justiça
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São Paulo – A manhã desta terça-feira 1º começou com o acirramento das tensões entre estudantes que ocupam as escolas e grupos arregimentados pelo governo estadual formados por diretores, pais e também alunos contrários à mobilização, apoiados pela PM, que tentam invadir as unidades ocupadas.

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As ocupações são em protesto contra a reorganização pretendida pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e que prevê o fechamento de 93 escolas estaduais e a transferência, compulsória, de no mínimo 311 mil alunos. À revelia dos protestos de estudantes e professores, que reclamam de nem sequer terem sido consultados pelo governo, e das críticas da sociedade civil organizada, que aponta a medida como privatização do ensino, o governador tucano publicou nesta terça-feira decreto que oficializa a “reorganização”.


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Na escola Maria José, na Bela Vista, zona central de São Paulo, após a visita do chefe de gabinete da secretaria estadual de educação, Fernando Padula, um grupo forçou a entrada na escola, arrombando os portões. A PM foi chamada e colaborou com a invasão ilegal, atacando os estudantes da ocupação com spray de pimenta. Relatos que chegam à RBA dão conta inclusive da participação de policiais no arrombamento de um dos portões.


Situação similar ocorre na escola Octávio Mendes , em Santana, zona norte da capital, de acordo com o coletivo Jornalistas Livres. Os estudantes ocupados afirmam que desde o início da manhã, "grupos de direita", fazem pressão para adentrar às dependências da escola. A PM também permanece no local.

Com as invasões, a PM descumpre decisão da Justiça que desautorizou desocupações nas escolas.

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Estudantes também realizaram protesto na ponte João Dias, na zona sul de São Paulo, e foram reprimidos pela PM. Um professor, um estudante e um jornalista foram detidos e levados ao 92º DP, no Parque Santo Antônio.

Em outra situação denunciada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a escola República do Suriname, na zona Leste, foi desocupada ilegalmente na manhã desta terça-feira pela diretora da unidade, acompanhada de supervisores e grande escolta policial.

Também segundo a Apeoesp, outra situação de abuso ocorreu durante a noite de segunda-feira 30, em Osasco. A escola Coronel Sampaio foi invadida, saqueada e incendiada, e a PM, que estava nas imediações por causa da ocupação, nada fez para impedir e ainda lançou bombas de gás lacrimogênio contra os estudantes, deixando dois feridos, um deles também intoxicado pela fumaça.

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Rede Brasil Atual – 1º/12/2015
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