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Itaú demite 160 e Sindicato paralisa atividades

Linha fina
Banco diz que demissões são parte de “reestruturação”, mas não revela números e tamanho do “ajuste”; Sindicato quer realocação dos trabalhadores
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São Paulo – Se não bastassem as violações de direitos assegurados pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), o Itaú segue com sua onda de demissões. Somente na quinta-feira 3, 160 trabalhadores foram demitidos no Centro Tecnológico (CTO) e no Centro Administrativo Raposo, o que motivou a paralisação das atividades nesses locais por parte do Sindicato, reivindicando o fim das demissões. Nas últimas semanas, já haviam sido demitidos pelos menos 300, boa parte delas na diretoria de operações de TI (DOTI).

> Veja fotos dos protestos

O ato em defesa dos trabalhadores foi bem recebido pelos bancários do Itaú, que aderiram à paralisação. Entre eles, o clima é de apreensão, já que seus empregos têm sido colocados em xeque todos os dias. “Essa paralisação é importante, porque precisamos manter nossos empregos”, disse um deles.

Muitos relatam que, em alguns setores, metade dos trabalhadores teria sido demitida, sem nenhuma explicação por parte do banco.

“O banco diz que está fazendo uma reestruturação na área de tecnologia, que eles chamam de ‘horizontalização’, mas não querem conversar sobre esse processo. Queremos sentar, debater números, saber o que está acontecendo. Se existe uma reestruturação, porque não negociar com o movimento sindical e realocar esses trabalhadores?”, questiona Valeska Pincovai, dirigente sindical e funcionária do Itaú.

O Sindicato defende que, com os lucros alcançados pelo banco, não há motivos para cortes, e que os funcionários têm de ser realocados para outros setores, e não demitidos.


William De Lucca – 4/12/2015
Atualizada às 18h09 de 4/12/2015
 
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