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Luta por contratações continua na Caixa

Linha fina
Campanha Mais empregados para a Caixa, Mais Caixa para o Brasil chegou à agência no Grajaú; papel do banco para o país e luta contra PLS 555 também pautaram ato
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São Paulo – A luta dos empregados da Caixa por mais contratações continua forte em todo o país. Na segunda 7, a campanha Mais Empregados para a Caixa, Mais Caixa para o Brasil chegou a uma agência do banco público no Grajaú, bairro da zona sul da capital paulista. No ato, dirigentes sindicais conversaram com bancários e a população sobre a necessidade de aumentar o número de trabalhadores no banco público para acabar com a atual sobrecarga de trabalho e melhorar o atendimento.

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“A recepção da população foi ótima. Foram coletadas centenas de adesões para o nosso abaixo-assinado, que cobra da Caixa mais contratações. Inclusive, a presidenta da associação do bairro foi até a agência apoiar nossa campanha”, conta o dirigente sindical e empregado da Caixa, Valter San Martin.

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“Como em outros protestos, constatamos o tamanho da fila na agência. Cabe lembrar que a Caixa, por quatro meses seguidos, está na liderança de reclamações ao Banco Central. E a responsabilidade é toda da direção do banco público. Contratar mais empregados não só diminuiria a sobrecarga de trabalho, como também melhoraria o atendimento e fortaleceria o papel da Caixa, como banco público, para o desenvolvimento do país”, acrescenta.  

Dinheiro não falta – Os dirigentes sindicais lembram: os resultados da Caixa demonstram que a instituição possui todas as condições para contratar mais empregados. Entre janeiro e setembro, o banco teve lucro líquido de R$ 6,5 bilhões, consolidando crescimento de 23,3% em 12 meses. No terceiro trimestre de 2015, a instituição teve lucro de R$ 3 bilhões, 60% maior que no mesmo período de 2014, e 57% sobre o segundo trimestre de 2015.

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“Os lucros crescentes da Caixa mostram o comprometimento dos empregados e a importância da instituição para a retomada do crescimento econômico. Por outro lado, também provam que a direção do banco público pode sim promover novas contratações. Falta de dinheiro não é uma justificativa válida. Ainda mais quando, em 2015, o salário de conselheiros e diretores subiu em média 25%”, enfatiza Valter.

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Ameaça – No ato, dirigentes também alertaram a população e os bancários sobre a ameaça representada pelo PLS 555/2015 (Projeto de Lei do Senado), ainda em tramitação. O projeto visa transformar empresas públicas e de economia mista em sociedades anônimas, o que atinge em cheio o caráter público da Caixa.

O texto é um substitutivo aos projetos de lei do Senado 167/2015, de Tasso Jereissati (PSDB-CE), e 343/2015, de Aécio Neves (PSDB-MG), e ainda ao anteprojeto apresentado pelos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

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“Conversamos com os bancários, em reunião realizada antes da abertura da agência, e também chamamos a atenção da população para esse projeto que ameaça não só a Caixa, como todas as empresas públicas. Abrir a gestão das estatais para o capital é desastroso. Os conselhos das estatais seriam melhores com mais participação popular e não aumentando a participação do capital privado”, defende Valter.

“Os acionistas priorizarão o lucro e não o papel social do banco e sua importância para o desenvolvimento do país. Defendemos a Caixa 100% pública”, conclui o dirigente sindical.  


Felipe Rousselet – 7/12/2015
 
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