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Na luta em defesa da saúde bancária

Linha fina
Sindicato, junto com Contraf-CUT e outras entidades, retomou mesa paritária de saúde e bancos têm até fim de fevereiro para discutir gestão com bancários
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São Paulo – O ano de 2015 foi de muita luta para a categoria bancária: contra a terceirização e demais ataques aos direitos dos trabalhadores; em defesa do papel dos bancos públicos para o desenvolvimento; pelo reajuste e preservação do poder de compra; e por mais saúde e melhores condições de trabalho.

Os resultados já aparecem. Na quarta 9, o Sindicato, junto com a Contraf-CUT e outras entidades representativas dos bancários, retomou a mesa temática de saúde do trabalhador com a federação dos bancos (Fenaban). Entre os temas discutidos, teve especial relevância a cláusula 57 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), conquista da Campanha Nacional 2015 que funciona como complemento à cláusula 56 – de prevenção de conflitos no ambiente de trabalho.

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“Fechamos uma agenda para a aplicação e acompanhamento da cláusula 57, uma importante conquista da categoria. Os bancos têm até o final de fevereiro de 2016 para discutir a gestão com as Comissões de Organização dos Empregados, com especial relevância para a cobrança por metas. Em maio, as instituições devem apresentar os resultados desses debates para avaliação em reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e Fenaban”, conta o secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Dionísio Reis.

“Nós bancários, com a luta na Campanha 2015, estamos de parabéns por conquistar essa necessária cláusula 57, que cria um fórum para debater a gestão de cada banco. Temos percebido abusos que os próprios bancos já admitiram, em mesa de negociação, que acarretam no adoecimento dos bancários, o que muitas vezes é subnotificado”, acrescenta o dirigente.

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De acordo com Dionísio, a questão das metas divide-se em três eixos: estabelecimento das metas, que muitas vezes são inalcançáveis; a cobrança, diversas vezes feita de forma ofensiva e até humilhante; e a avaliação de desempenho, que em regra desconsidera o trabalho real e deprecia os bancários.

Outros temas – Também foi debatida durante a reunião a cláusula 44, relacionada aos programas de retorno ao trabalho de bancários afastados por motivo de saúde. Foi reiterada a cobrança para que os bancos discutam esses programas com os representantes dos trabalhadores, o que não foi feito até o momento.

Outra cláusula da CCT que esteve na pauta é a 64, que trata do PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), a ser apresentado para avaliação à Comissão Paritária de Saúde no Trabalho, que também analisará os afastamentos.

Sipat – Por fim, foi discutida a questão das Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho, que alguns bancos têm trocado por orientações em meio eletrônico.

“Com isso, o trabalhador deixa de ter um tempo para refletir sobre a sua saúde e condições de trabalho. Cobramos a realização da Sipat no local de trabalho, assim como a participação do Sindicato e dos trabalhadores na sua organização, o que em regra não acontece hoje”, enfatiza Dionísio.

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Felipe Rousselet – 9/12/2015
 
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