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São Paulo – Eventuais mudanças nas regras da Previdência Social são rejeitadas pela maioria dos trabalhadores de todas as faixas de renda, idade e escolaridade de todas regiões do país, segundo pesquisa feita pelo instituto Vox Populi, a pedido da CUT. O levantamento identifica ainda uma elevado nível de rejeição a cortes em programas sociais, especialmente na Região Nordeste, onde 90,5% dos pesquisados reprovam que recursos de programas sejam reduzidos para socorrer as contas dos governos.
A pesquisa mostrou que os trabalhadores identificam o momento ruim da economia e apoiam medidas de estímulo à criação de empregos, como aumento da oferta de crédito para fortalecer o mercado consumidor, programas de incentivo a empresas que mantenham postos de trabalho e de apoio a pequenas e médias empresas.
Segundo a CUT, a pesquisa serviu para verificar em que medida a opinião pública se identifica com a agenda política e de mobilizações da central, resultado dos debates realizados em seu último congresso, em outubro. Na ocasião, ficou acentuada a resistência ao ajuste fiscal que afeta o crescimento e ameaça conquistas e direitos alcançados nos últimos anos.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, observa que essa é a primeira pesquisa de opinião feita por uma central sindical brasileira para saber o que os trabalhadores pensam sobre as medidas que estão sendo debatidas na área econômica do governo. “Só os empresários faziam pesquisa. Agora, isso acabou. Também precisamos de um instrumento como esse para saber se nossas propostas são aprovadas e também para definir estratégias de luta para defender os direitos da classe trabalhadora”, diz Vagner.
Para o sindicalista, o levantamento aponta para uma sintonia da sociedade com propostas da central – que levaram, entre outras iniciativas, à produção do documento “Compromisso para o Desenvolvimento”, apoiado por entidades sindicais e empresariais e entregue à presidenta Dilma Rousseff no último dia 15. “É um sinal de que a prioridade do governo deve ser a substituição imediata da atual política econômica que só tem causado recessão e desemprego por uma que priorize os interesses da classe trabalhadora.”
A pesquisa mostrou que os trabalhadores identificam o momento ruim da economia e apoiam medidas de estímulo à criação de empregos, como aumento da oferta de crédito para fortalecer o mercado consumidor, programas de incentivo a empresas que mantenham postos de trabalho e de apoio a pequenas e médias empresas.
Segundo a CUT, a pesquisa serviu para verificar em que medida a opinião pública se identifica com a agenda política e de mobilizações da central, resultado dos debates realizados em seu último congresso, em outubro. Na ocasião, ficou acentuada a resistência ao ajuste fiscal que afeta o crescimento e ameaça conquistas e direitos alcançados nos últimos anos.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, observa que essa é a primeira pesquisa de opinião feita por uma central sindical brasileira para saber o que os trabalhadores pensam sobre as medidas que estão sendo debatidas na área econômica do governo. “Só os empresários faziam pesquisa. Agora, isso acabou. Também precisamos de um instrumento como esse para saber se nossas propostas são aprovadas e também para definir estratégias de luta para defender os direitos da classe trabalhadora”, diz Vagner.
Para o sindicalista, o levantamento aponta para uma sintonia da sociedade com propostas da central – que levaram, entre outras iniciativas, à produção do documento “Compromisso para o Desenvolvimento”, apoiado por entidades sindicais e empresariais e entregue à presidenta Dilma Rousseff no último dia 15. “É um sinal de que a prioridade do governo deve ser a substituição imediata da atual política econômica que só tem causado recessão e desemprego por uma que priorize os interesses da classe trabalhadora.”
Números
A pesquisa Vox Brasil entrevistou, entre os dias 11 e 14 de dezembro, 2.000 pessoas com mais de 16 anos, nas áreas urbanas e rurais de 125 municípios de todos os Estados e do Distrito Federal.
Previdência social
• 88% dos pesquisados responderam que o governo não deve dificultar regras para aposentadorias.
• 9% concordam com a medida que está sendo analisada pela equipe econômica (ampliação do tempo de contribuição e imposição de idade mínima) e 4% não souberam ou não responderam (3% homens e 4% mulheres).
Cortes nos programas sociais
• 75% responderam que o governo não deve cortar recursos.
• 21% disseram que o governo deve fazer cortes.
Crédito
• 65% consideram que uma melhora na oferta de crédito para favorecer o mercado consumidor ajudaria o país.
• 14% acham que não.
• 12% acham que nem ajuda, nem prejudica e 10% não sabem/não responderam.
Programas de incentivo para manter empregos
• 80% responderam que a medida ajudaria o país
• 7% que prejudicaria, 8% que nem ajudaria, nem prejudicaria e 5% não souberam/não responderam.
Apoio a pequenas e médias empresas
• Para 86% dos entrevistados, ajudaria o país
Impostos sobre salários X impostos sobre lucros
• 82% responderam que diminuir impostos sobre salários ajudaria o país
• Para 7% prejudicaria. Outros 7% acham que nem ajuda, nem prejudica e 5% não responderam.
• Para 49% aumento de impostos sobre os lucros ajudaria o país; para 31%, prejudicaria.
Ajuste fiscal
• Para 42%, o ajuste atinge igualmente todos os segmentos da sociedade e 47% acreditam que atinge mais os trabalhadores.
Moradia
• Para 83% do universo pesquisado, fazer uma ampla reforma urbana, destinando áreas de prédios mal aproveitados para moradia popular ajudaria o Brasil
• 5% discordaram, 8% acham que nem ajuda, nem prejudica e 4% não sabem.
• 82% consideram que ampliar os investimentos no Minha Casa Minha Vida ajudaria o país.
• 7% disseram que prejudicaria, 8% que nem prejudicaria, nem ajudaria e 3% (NS/NR).
Reforma agrária
• Diante da questão “fazer uma ampla reforma agrária, com distribuição de terras para agricultores de baixa renda, ajudaria o país ou prejudicaria o país”, 76% responderam que ajudaria e 9% discordaram; para 11% não ajudaria, nem prejudicaria.
Impostos sobre heranças e grandes fortunas
• 48% aprovam
• 25% desaprovam, 18% são indiferentes e 9% não souberam responder.
Educação
• Para a pergunta “aumentar o financiamento da educação, aumentando os recursos do Prouni e do Fies, ajudaria o país?”, 85% responderam que sim, 4% discordaram, para 6% nem ajudaria, nem atrapalharia e 5% não souberam.
Taxa de juros
• 83% dos trabalhadores acreditam que a redução da taxa de juros (a Selic, fixada pelo Banco Central) ajudaria o país
• 6% pensam o contrário, para 7% não prejudicaria, nem ajudaria e 4% não souberam.
Rede Brasil Atual, com informações da CUT - 28/11/2015