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Sindicato de olho no horário estendido na Caixa

Linha fina
Com medidas da redução de juros, banco muda atendimento aos clientes; Sindicato cobra condições de trabalho dignas e negociação da jornada para seus empregados
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São Paulo – Com as medidas de baixar as taxas de juros e de implementar novos programas de renegociação de dívidas, a Caixa Federal mudará seu horário de atendimento em agências do dia 23 de abril até 11 de maio, o que atinge diretamente os empregados.

O Sindicato lembra que qualquer alteração na jornada de trabalho dos bancários deve ser comunicada previamente, para que os trabalhadores possam se programar. “Muitos funcionários estudam, têm compromissos com a família, obrigações. A medida pode prejudicar sua vida pessoal. Portanto, para atender a população da melhor forma, a Caixa precisa de trabalhadores tranquilos, concentrados, para que eles possam executar da melhor maneira possível as demandas maiores que beneficiarão clientes e toda a população”, diz o diretor do Sindicato e empregado da Caixa Rafael de Castro.

Em comunicado enviado aos empregados, o presidente do banco, Jorge Hereda, comenta a redução das taxas de juros para diminuir o spread apoiada na baixa inadimplência de seus clientes: “Vamos oferecer crédito mais barato e, com isso, atrairemos mais 2 milhões de clientes.”, diz no comunicado.

Em contrapartida, o dirigente do Sindicato lembra que os empregados do banco passam por problemas inadmissíveis, como atraso no pagamento de vale-transporte em determinadas áreas, agências alagadas pela chuva por conta da falta de manutenção, ar-condicionado quebrado, bebedouros com problemas entre outros assuntos. “A população precisa de qualidade no atendimento, assim como os empregados do banco precisam de uma estrutura digna para trabalhar. A direção da Caixa deve olhar mais para seus trabalhadores”, enfatiza Rafael.

Qualquer problema no registro de ponto ou pressão para mudanças nos horários, os empregados da Caixa devem entrar em contato imediatamente com dirigentes sindicais ou pelo 3188-5200 e denunciar, mesmo que anonimamente, tais medidas.


Gisele Coutinho – 19/4/2012

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