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São Paulo – O Bradesco teve lucro líquido ajustado de R$ 17,873 bilhões em 2015, montante 16,4% maior que o apresentado em 2014. O balanço, divulgado nesta quinta-feira 28, revela ainda que mesmo com o excelente resultado, a segunda maior instituição financeira privada do país cortou postos de trabalho. Extinguiu 2.659 vagas, encerrando o ano com 92.861 empregados. Em 2014, possuía 95.520 trabalhadores. Apenas no quarto trimestre de 2015, em comparação com o trimestre anterior, o banco eliminou 835 postos.
O lucro do Bradesco em 2015 é o segundo maior da história entre bancos no país. Perde apenas para o do Itaú em 2014, que foi de R$ 20,2 bilhões.
“Com o lucro nas alturas, e crescendo mesmo em tempos de retração na economia, o Bradesco deveria fazer sua parte e criar empregos no país. Nada justifica o corte de postos de trabalho”, critica a diretora do Sindicato e funcionária do banco Érica de Oliveira.
A dirigente lembra que com número insuficiente de empregados, sofrem bancários e clientes. “Os bancários estão sobrecarregados, pressionados o tempo todo pelo cumprimento de metas abusivas e adoecendo. E os clientes sofrem com a má qualidade do atendimento. Não foi a toa que o Bradesco ficou em segundo lugar no ranking de reclamações do Banco Central em dezembro de 2015”, destaca.
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Apenas com a receita de prestação de serviços e tarifas – que alcançou o montante de R$ 19,3 bilhões em 2015 e cresceu 7,6% em relação a 2014 –, o Bradesco cobre em 134,7% sua despesa de pessoal, incluindo a PLR. Essa despesa cresceu bem menos: 2,9% em relação a 2014, alcançando R$ 14,328 bilhões no ano passado.
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Compra do HSBC – Em janeiro de 2016, o Bradesco comunicou ao mercado que o Banco Central aprovou a aquisição de 100% do capital social do HSBC. A conclusão da operação está sujeita à aprovação dos demais órgãos reguladores competentes e ao cumprimento das formalidades legais.
Ao movimento sindical, o banco assumiu o compromisso de que não haverá demissões em massa. “Estamos acompanhando isso de perto para garantir os empregos bancários, tanto dos funcionários do Bradesco, quanto dos bancários do HSBC”, ressalta Érica.
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Outros dados – O patrimônio líquido do Bradesco totalizou R$ 88,907 bilhões em dezembro do ano passado, e a rentabilidade sobre o patrimônio líquido ficou em 20,5%.
A carteira de crédito expandida, em dezembro de 2015, atingiu R$ 474,027 bilhões, com evolução de 4,2% em relação ao saldo de dezembro de 2014. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 147,749 bilhões (crescimento de 4,5% em relação a dezembro de 2014), enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 326,278 bilhões (crescimento de 4% em relação a dezembro de 2014).
Com a Selic (14,25% a.a.) e a inflação em alta, o resultado de Títulos e Valores Mobiliários (TVM) cresceu 22,5% na comparação com 2014, acumulando o montante de R$ 39,546 bilhões.
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O índice de inadimplência superior a 90 dias encerrou dezembro de 2015 em 4,1%, 0,6 p.p. superior a dezembro de 2014 (3,5%). Já a despesa com PDD (provisão para devedores duvidosos) totalizou R$ 20,611 bilhões em 2015, variação de 43,7% em relação a 2014.
O Bradesco encerrou o ano com 4.507 agências bancárias, 152 a menos do que em dezembro de 2014.
Andréa Ponte Souza – 28/1/2016
(Atualizada às 18h34 de 28/1/2016)
O lucro do Bradesco em 2015 é o segundo maior da história entre bancos no país. Perde apenas para o do Itaú em 2014, que foi de R$ 20,2 bilhões.
“Com o lucro nas alturas, e crescendo mesmo em tempos de retração na economia, o Bradesco deveria fazer sua parte e criar empregos no país. Nada justifica o corte de postos de trabalho”, critica a diretora do Sindicato e funcionária do banco Érica de Oliveira.
A dirigente lembra que com número insuficiente de empregados, sofrem bancários e clientes. “Os bancários estão sobrecarregados, pressionados o tempo todo pelo cumprimento de metas abusivas e adoecendo. E os clientes sofrem com a má qualidade do atendimento. Não foi a toa que o Bradesco ficou em segundo lugar no ranking de reclamações do Banco Central em dezembro de 2015”, destaca.
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Apenas com a receita de prestação de serviços e tarifas – que alcançou o montante de R$ 19,3 bilhões em 2015 e cresceu 7,6% em relação a 2014 –, o Bradesco cobre em 134,7% sua despesa de pessoal, incluindo a PLR. Essa despesa cresceu bem menos: 2,9% em relação a 2014, alcançando R$ 14,328 bilhões no ano passado.
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Compra do HSBC – Em janeiro de 2016, o Bradesco comunicou ao mercado que o Banco Central aprovou a aquisição de 100% do capital social do HSBC. A conclusão da operação está sujeita à aprovação dos demais órgãos reguladores competentes e ao cumprimento das formalidades legais.
Ao movimento sindical, o banco assumiu o compromisso de que não haverá demissões em massa. “Estamos acompanhando isso de perto para garantir os empregos bancários, tanto dos funcionários do Bradesco, quanto dos bancários do HSBC”, ressalta Érica.
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A carteira de crédito expandida, em dezembro de 2015, atingiu R$ 474,027 bilhões, com evolução de 4,2% em relação ao saldo de dezembro de 2014. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 147,749 bilhões (crescimento de 4,5% em relação a dezembro de 2014), enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 326,278 bilhões (crescimento de 4% em relação a dezembro de 2014).
Com a Selic (14,25% a.a.) e a inflação em alta, o resultado de Títulos e Valores Mobiliários (TVM) cresceu 22,5% na comparação com 2014, acumulando o montante de R$ 39,546 bilhões.
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O Bradesco encerrou o ano com 4.507 agências bancárias, 152 a menos do que em dezembro de 2014.
Andréa Ponte Souza – 28/1/2016
(Atualizada às 18h34 de 28/1/2016)