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São Paulo – O Banco Central divulgou na quinta-feira 28 a consolidação semestral do seu ranking de reclamações de clientes contra instituições financeiras. No segundo semestre de 2015, assim como aconteceu no primeiro, a Caixa figura na incômoda liderança do ranking, com 5.120 queixas avaliadas como procedentes. No ano passado, o banco público apareceu na primeira posição da lista por sete meses.
“A responsabilidade pela insatisfação dos clientes é toda da direção da Caixa. Os empregados estão extremamente sobrecarregados. Os trabalhadores se esforçam ao máximo, mesmo com a falta de empregados, para atender bem a população. Mas com a situação crítica nas agências e concentrações, o atendimento fica precarizado, assim como as condições de trabalho”, destaca o diretor executivo do Sindicato e bancário da Caixa, Dionísio Reis.
“É importante ressaltar que a Caixa possui um fluxo grande de usuários, uma vez que presta serviços que outros bancos não oferecem. Um exemplo disso é a operacionalização de programas sociais como o Bolsa Família e o FIES. Mais empregados para a Caixa também significa fortalecer esse papel fundamental que o banco público tem para o desenvolvimento do país”, acrescenta o dirigente.
Concurso público – Em 2014, a Caixa realizou um dos maiores concursos públicos de sua história, com a aprovação de 32.879 candidatos. Porém, somente 3.182 foram convocados (9,67% do total) e apenas 2.482 admitidos (7,54% do total). Hoje a média é de 23 empregados por unidade do banco, a pior situação desde 2003.
“A Caixa desrespeita os clientes, prejudicados no atendimento, e os seus empregados, cada vez mais sobrecarregados, ao não cumprir a cláusula 50 do Acordo Aditivo, conquistada na Campanha de 2014, que determinava a contratação de 2mil empregados. À época, o Dest [Departamento de Coordenação e Governança das Estatais, subordinado ao Ministério do Planejamento] autorizou que o banco tivesse 103 mil trabalhadores alocados. Porém, a instituição não chegou neste número e ficou com cerca de 101 mil empregados. Ou seja, ao invés de contratar, a direção da Caixa reduziu seu efetivo”, critica Dionísio.
“Para piorar, a Caixa acaba de anunciar um novo PAA [Plano de Apoio a Aposentadoria] para quem estiver aposentado pela Previdência Social até 31 de março deste ano e com mais de 48 anos de idade. Cerca de 11 mil trabalhadores em todo o país reúnem essas condições. O PAA de 2015 resultou na saída de 3 mil bancários. As consequências nós já conhecemos: sobrecarga e atendimento prejudicado”, enfatiza.
> Direção da Caixa abre pacote de maldades
Ranking do Banco Central – Para elaborar o ranking, as reclamações são divididas pelo número de clientes da instituição financeira que originou a demanda e multiplicadas por 1 milhão. Assim, é gerado o índice, que representa o número de reclamações de cada instituição financeira para cada grupo de 1 milhão de clientes.
No caso da Caixa, o índice do segundo semestre de 2015 ficou em 66,20. Em seguida, vem o Bradesco, com índice em 59,72. Em terceiro lugar ficou o Itaú, com 47,88. Logo depois vem o Santander, com 40,39, seguido pelo HSBC, com 5,70, HSBC, com 37,80.
Felipe Rousselet – 28/1/2016
“A responsabilidade pela insatisfação dos clientes é toda da direção da Caixa. Os empregados estão extremamente sobrecarregados. Os trabalhadores se esforçam ao máximo, mesmo com a falta de empregados, para atender bem a população. Mas com a situação crítica nas agências e concentrações, o atendimento fica precarizado, assim como as condições de trabalho”, destaca o diretor executivo do Sindicato e bancário da Caixa, Dionísio Reis.
“É importante ressaltar que a Caixa possui um fluxo grande de usuários, uma vez que presta serviços que outros bancos não oferecem. Um exemplo disso é a operacionalização de programas sociais como o Bolsa Família e o FIES. Mais empregados para a Caixa também significa fortalecer esse papel fundamental que o banco público tem para o desenvolvimento do país”, acrescenta o dirigente.
Concurso público – Em 2014, a Caixa realizou um dos maiores concursos públicos de sua história, com a aprovação de 32.879 candidatos. Porém, somente 3.182 foram convocados (9,67% do total) e apenas 2.482 admitidos (7,54% do total). Hoje a média é de 23 empregados por unidade do banco, a pior situação desde 2003.
“A Caixa desrespeita os clientes, prejudicados no atendimento, e os seus empregados, cada vez mais sobrecarregados, ao não cumprir a cláusula 50 do Acordo Aditivo, conquistada na Campanha de 2014, que determinava a contratação de 2mil empregados. À época, o Dest [Departamento de Coordenação e Governança das Estatais, subordinado ao Ministério do Planejamento] autorizou que o banco tivesse 103 mil trabalhadores alocados. Porém, a instituição não chegou neste número e ficou com cerca de 101 mil empregados. Ou seja, ao invés de contratar, a direção da Caixa reduziu seu efetivo”, critica Dionísio.
“Para piorar, a Caixa acaba de anunciar um novo PAA [Plano de Apoio a Aposentadoria] para quem estiver aposentado pela Previdência Social até 31 de março deste ano e com mais de 48 anos de idade. Cerca de 11 mil trabalhadores em todo o país reúnem essas condições. O PAA de 2015 resultou na saída de 3 mil bancários. As consequências nós já conhecemos: sobrecarga e atendimento prejudicado”, enfatiza.
> Direção da Caixa abre pacote de maldades
Ranking do Banco Central – Para elaborar o ranking, as reclamações são divididas pelo número de clientes da instituição financeira que originou a demanda e multiplicadas por 1 milhão. Assim, é gerado o índice, que representa o número de reclamações de cada instituição financeira para cada grupo de 1 milhão de clientes.
No caso da Caixa, o índice do segundo semestre de 2015 ficou em 66,20. Em seguida, vem o Bradesco, com índice em 59,72. Em terceiro lugar ficou o Itaú, com 47,88. Logo depois vem o Santander, com 40,39, seguido pelo HSBC, com 5,70, HSBC, com 37,80.
Felipe Rousselet – 28/1/2016