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Contra demissões, paralisação!

Linha fina
Sindicato interrompeu atividades de três agências do Bradesco por conta de cortes de funcionários; só no primeiro trimestre, banco fechou 1.466 postos de trabalho
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São Paulo – Falta de funcionários em agências e departamentos, sobrecarga de trabalho e demissões em massa. Essa é a situação à qual o Bradesco está submetendo trabalhadores e clientes. Somente no 1º trimestre, o banco extinguiu 1.466 postos de trabalho, mesmo com lucro de R$ 4,113 bilhões no período.

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Para protestar contra os cortes e por contratações imediatas, o Sindicato paralisou, na sexta-feira 6, as atividades de três agências na capital – XV de Novembro, Gasômetro e Lins de Vasconcelos.

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“Os bancários já se queixam da sobrecarga de trabalho. Reclamam que um único funcionário faz o trabalho de três ou quatro. Agora, com esse aumento das demissões, além da sobrecarga, também estão com essa angústia, esse medo de ser o próximo demitido. O banco deveria contratar, mas faz justamente o contrário”, critica o dirigente sindical e funcionário do Bradesco Thiago Lopes.

Clientes – A política de cortes do Bradesco não prejudica somente os bancários, sobrecarregados. Os clientes também sofrem as consequências.

“De um tempo para cá, o Bradesco piorou muito. Também, não contratam funcionários”, critica o aposentado Zé Rodrigo. “Eu vim aqui só para tirar um dinheiro. Eu tiro o dinheiro aqui no caixa eletrônico e vou pagar a conta que eu preciso no caixa de outro banco para não pegar fila”, conta o autônomo Nicolas Borges.

Pressão vai continuar – Segundo a presidenta do Sindicato e bancária do Bradesco, Juvandia Moreira, enquanto não cessarem as demissões, mais agências serão paralisadas. “Primeiro, o banco começou a demitir nos departamentos. Nós procuramos o Bradesco e ele negou, falou que tinha muita gente aposentada, pedindo para sair e que não estavam fazendo um corte deliberado. Porém, agora percebemos que as demissões estão nas agências. Vamos continuar parando os locais de trabalho até que parem de demitir.”

A dirigente falou, ainda, sobre uma possível relação dos cortes com a aquisição do HSBC pelo Bradesco. “O HSBC está cumprindo sua palavra e não está fazendo demissões em massa. Já o Bradesco está demitindo, não está cumprindo o que combinou. Portanto, nós vamos parar sim. O banco não está com problemas financeiros. A economia do país está vivendo um momento difícil, não é hora de demitir trabalhadores sem necessidade. O Bradesco tem de ter responsabilidade social”, conclui Juvandia.

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Felipe Rousselet – 6/5/2016
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