Pular para o conteúdo principal

Golpe para arrasar também direitos conquistados

Linha fina
Abertura de capital - leia-se privatização - da Caixa Federal é uma das ideias do 'governo' Temer. Sindicato continuará na luta e na resistência ao lado da categoria
Imagem Destaque
São Paulo - A abertura de capital da Caixa é uma das propostas defendidas por Michel Temer. A informação, divulgada ao jornal O Estado de S. Paulo, não surpreende quem está atento ao programa de governo do PMDB para a Presidência da República. Em A Ponte para o Futuro e A Travessia Social, estão previstos o fim de direitos trabalhistas, previdenciários e a diminuição do papel do Estado, com privatizações, além da redução de programas sociais.

> Senado confirma o golpe, e Dilma é afastada

Temer também já havia anunciado que uma de suas primeiras medidas, quando assumisse a cadeira da presidenta Dilma Rousseff, seria fazer uma auditoria nas contas dos bancos públicos, tendo como alvo as operações na Caixa, no Banco do Brasil, BNDES, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia nos 13 anos da gestão petista. Proposta idêntica à do programa de governo derrotado nas urnas em 2014.

O Sindicato continuará ao lado dos trabalhadores, em defesa dos seus direitos e empregos. “Vamos manter a resistência. Durante todos esses meses nos colocamos ao lado do respeito aos preceitos democráticos porque a história nos ensinou: é somente na democracia que os direitos trabalhistas e sociais avançam. Não vamos aceitar retrocessos, nem retirada do que conquistamos. Vai ter luta!”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

Privatização - A reportagem sobre a abertura de capital da Caixa afirma ser possível a oferta pública de ações até 2018, quando devem ser realizadas novas eleições presidenciais, “o banco teria de passar por uma espécie de saneamento operacional, com a privatização de três áreas: seguros, loterias e cartões”. Ainda de acordo com o jornal, o modelo de privatização, a ser aplicado pelo escolhido para presidir a Caixa, Gilberto Occhi (indicado pelo PP), já estaria definido.

O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, reforça que não se pode admitir nenhum projeto ou iniciativa que represente o fim da Caixa 100% pública. “Em favor dos mais de 200 milhões de brasileiros, sobretudo dos mais carentes, não aceitaremos esse retrocesso. Trata-se de um projeto derrotado nas últimas quatro eleições e que está tentando voltar na marra. O banco é parceiro estratégico na execução de políticas públicas que têm transformado o país nos últimos anos. Esse perfil não interessa a investidores privados, que só querem lucrar”, afirma.

“Vamos manter a resistência”, reforça o diretor executivo do Sindicato e funcionário da Caixa, Dionísio Reis. “As empresas públicas estão na mira desse projeto neoliberal de governo não é de hoje. Basta lembrar a proposta de Estatuto das Estatais, formulada pelos tucanos e que conseguimos barrar com a nossa mobilização. A luta, agora, será ainda mais dura, mas estaremos mobilizados.”

Leia mais
> Em nota, CUT não reconhece 'governo' Temer


Redação - 12/5/2016
seja socio

Exibindo 1 - 1 de 1