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Itaú: se tem demissão, tem luta!

Linha fina
Contra cortes arbitrários e condições de trabalho precárias, Sindicato atrasou a abertura do CT; enquanto dispensas não cessarem, protestos aumentarão cada vez mais
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São Paulo – Reestruturação, demissões arbitrárias, bancários amontoados, terceirização. A vida dos empregados do Itaú alocados no CT (Centro Tecnológico), concentração localizada na capital paulista, não está nada fácil. Para cobrar do banco o respeito devido aos trabalhadores, o Sindicato está realizando uma série de protestos e paralisações. Na quarta-feira 25, a entrada no CT foi atrasada para a realização de uma assembleia com os bancários.

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“Debatemos a grande quantidade de demissões que estão ocorrendo na área de tecnologia e as terceirizações colocadas em prática pelo Itaú. Além disso, denunciamos as condições precárias de trabalho no CT. Com o fechamento do CA Raposo e CA Teodoro Sampaio, o banco superlotou o Centro Tecnológico. Mesas estão sendo ocupadas por até três bancários e os banheiros ficam com longas filas e higiene inadequada. É uma total falta de respeito”, critica a dirigente sindical e bancária do Itaú Valeska Pincovai.

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Projeto Conectando – Durante o protesto no CT, bancários denunciaram aos dirigentes que estão sendo chamados para reuniões no Ceic sobre o projeto Conectando, que na teoria busca a realocação de bancários da área de tecnologia para outros departamentos.

“O bancário recebe comunicado de que está disponível para ser realocado, sendo chamado para a reunião, uma entrevista de emprego coletiva. Na prática, o banco se exime da responsabilidade de realocar o trabalhador, que fica acuado e com a obrigação de ele mesmo encontrar uma vaga em até 40 dias para não ser demitido. Nosso diagnóstico é que no geral o Itaú não quer realocar, e sim contratar novos trabalhadores com salários mais baixos. Já na Atec, estão ocorrendo de fato cortes de postos de trabalho. Muitos bancários estão pedindo ajuda ao Sindicato por conta desse clima de terror”, critica Valeska.

Não tem arrego – De acordo com a dirigente sindical, enquanto o banco não interromper as demissões e oferecer condições de trabalho adequadas, os protestos não só irão continuar, como vão ganhar proporção cada vez maior.

“Precisamos entender o objetivo dessa reestruturação, quais são as metas. Saber as reais intenções do senhor Marcio Schettini, diretor-geral de Tecnologia, Operações e Eficiência. Diante do lucro de R$ 28 bilhões em 2015 e R$ 5,235 bilhões no 1º trimestre, essas demissões tornam-se injustificáveis. Reivindicamos o fim imediato dos cortes e um processo de realocação justo, no qual o responsável por encontrar a vaga seja o banco e não o bancário. Enquanto isso não ocorrer, a luta em defesa dos empregos e por boas condições de trabalho crescerá mais a cada dia”, enfatiza Valeska.

Denuncie – Para fortalecer essa luta, os bancários do Itaú devem denunciar demissões em agências e concentrações por meio dos dirigentes do Sindicato, pelo 3188-5200 ou pelo Fale Conosco (Clique aqui e escolha o setor site). O sigilo é garantido.


Felipe Rousselet - 25/5/2016
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