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São Paulo - O golpista Michel Temer continua em apuros também no exterior. Após o ato que reuniu sindicalistas internacionais em defesa da democracia nessa segunda-feira 6, uma nova manifestação ocorreu durante debate na Comissão de Aplicação de Normas da CIT (Comissão Intergestores Tripartite).
Nesta terça 7, um representante dos trabalhadores de Benim (África) usou seu tempo para denunciar o golpe que acontece Brasil. Como contraponto, um representante do governo golpista brasileiro obteve direito de resposta de dois minutos.
Em repúdio, os uruguaios reforçaram a fala e vários participantes levantaram placas durante a fala do representante do governo. Após insistência da segurança, a delegação brasileira se retirou da sala em protesto.
Resistência continua - No dia anterior, representantes da delegação brasileira e lideranças que participam da 105ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (CIT), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, Suíça, realizaram um ato para denunciar o golpe de Estado liderado pelas forças conservadoras, com apoio da grande mídia, parlamento e setores do Judiciário contra a presidenta Dilma Rousseff.
A atividade contou com apoio de lideranças internacionais, como o Secretário-Geral da CSI África, Kwasi Adu-Amankwah, que expressou solidariedade à luta dos brasileiros e ajuda a ampliar a campanha "Somos todos Brasil contra o golpe".
“Expressamos nossa solidariedade com os trabalhadores e o povo brasileiro nesta grande luta pela democracia porque constatamos que a organização dos trabalhadores e sua contribuição à Política ajudaram a tirar milhões e milhões da pobreza dando-lhes acesso a educação e a saúde. E isso foi realizado em 12 anos em tal escala que em muito supera quaisquer benefícios recebidos pela classe trabalhadora em séculos de dominação das elites. E é por isso que devemos estar solidários com os trabalhadores brasileiros contra aqueles que querem usar meios civis para dar um golpe de Estado contra um governo democraticamente eleito", apontou.
O manifesto “Somos Brasil contra o golpe”, que a CUT distribuiu em Genebra, denuncia como a trama foi arquitetada “através de ataques sistemáticos e orquestrados por setores do judiciário, empresários, grandes meios de comunicação e apoiados, de maneira entusiasmada, pela parcela mais rica da sociedade brasileira” (leia mais abaixo).
Presidente da CSI, João Felício apontou que o golpe tem como alvo as conquistas da classe trabalhadora.
"Para a CSI (Confederação Sindical Internacional), o que está ocorrendo no Brasil é um golpe contra os trabalhadores e à população mais pobre. O movimento sindical internacional há muito tempo vê o Brasil como exemplo de conquista e direito. E é justamente isso que os golpistas querem retirar", disse.
Secretário de Relações Internaciionais da CUT, Antônio Lisboa, reforçou a importância de tantas lideranças presentes na manifestação.
"O ato que realizamos aqui em Genebra com mais de 200 dirigentes sindicais do mundo inteiro, foi uma demonstração muito forte de solidariedade. Isso tem uma importância grande porque as pessoas que compareceram vão manter o compromisso de denunciar a situação de golpe no Brasil", definiu
Diretor Executivo da CUT, Júlio Turra apontou a importância do apoio da classe trabalhadora internacional. "É uma forte demonstração de solidariedade de sindicalistas de todo o continente reunidos aqui em Genebra, expressando que estão do nosso lado na luta para derrotar o golpe, restabelecer a democracia e os direitos dos trabalhadores', falou.
Somos Brasil Contra o Golpe – O manifesto Somos Brasil Contra o Golpe defende que o “programa dos golpistas prevê, dentre outros pontos, o fortalecimento do acordo global de comércio TISA - que reduz a soberania nacional; enfraquecimento dos Brics e do Mercosul, priorizando acordos bilaterais; desregulamentação do mercado de trabalho; enfraquecimento dos sindicatos nas negociações coletivas e tornar os direitos garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em objeto de negociação, prevalecendo o negociado sobre o legislado; elevação da idade mínima para aposentadoria, assim como permitir benefícios com valores inferiores ao do salário mínimo; redução da massa salarial e do salário médio; privatizações selvagens, inclusive das gigantescas reservas da camada do Pré-Sal; desvinculação geral dos gastos do governo federal, sobretudo nas áreas de educação e saúde, caminhando, dessa forma, para a privatização e abertura da economia com o fim da política de conteúdo local para compras governamentais”, define.
Destaca ainda que a “CUT Brasil, e demais forças democráticas, não reconhecem o governo Temer e o condenam como ilegítimo, por ser resultado de um processo ilegal e golpista de impeachment e por desrespeitar a vontade expressa da maioria dos cidadãos brasileiros que reelegeu, em 2014, a presidenta Dilma com mais de 54 milhões de votos – único governo eleito e, portanto, legítimo. Não aceitaremos que a classe trabalhadora e os setores mais pobres da população tenham que sofrer ainda mais sacrifícios. Lutamos até agora contra o golpe e continuaremos lutando, nas ruas e nos locais de trabalho, para reconduzir o país ao Estado de Direito e ao regime democrático, contra a retirada de direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras e contra iniciativas que busquem a inserção subordinada do Brasil na economia internacional, regredindo, dessa forma, aos anos 90”, conclui o documento.
CUT Nacional - 8/6/2016
Nesta terça 7, um representante dos trabalhadores de Benim (África) usou seu tempo para denunciar o golpe que acontece Brasil. Como contraponto, um representante do governo golpista brasileiro obteve direito de resposta de dois minutos.
Em repúdio, os uruguaios reforçaram a fala e vários participantes levantaram placas durante a fala do representante do governo. Após insistência da segurança, a delegação brasileira se retirou da sala em protesto.
Resistência continua - No dia anterior, representantes da delegação brasileira e lideranças que participam da 105ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (CIT), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, Suíça, realizaram um ato para denunciar o golpe de Estado liderado pelas forças conservadoras, com apoio da grande mídia, parlamento e setores do Judiciário contra a presidenta Dilma Rousseff.
A atividade contou com apoio de lideranças internacionais, como o Secretário-Geral da CSI África, Kwasi Adu-Amankwah, que expressou solidariedade à luta dos brasileiros e ajuda a ampliar a campanha "Somos todos Brasil contra o golpe".
“Expressamos nossa solidariedade com os trabalhadores e o povo brasileiro nesta grande luta pela democracia porque constatamos que a organização dos trabalhadores e sua contribuição à Política ajudaram a tirar milhões e milhões da pobreza dando-lhes acesso a educação e a saúde. E isso foi realizado em 12 anos em tal escala que em muito supera quaisquer benefícios recebidos pela classe trabalhadora em séculos de dominação das elites. E é por isso que devemos estar solidários com os trabalhadores brasileiros contra aqueles que querem usar meios civis para dar um golpe de Estado contra um governo democraticamente eleito", apontou.
O manifesto “Somos Brasil contra o golpe”, que a CUT distribuiu em Genebra, denuncia como a trama foi arquitetada “através de ataques sistemáticos e orquestrados por setores do judiciário, empresários, grandes meios de comunicação e apoiados, de maneira entusiasmada, pela parcela mais rica da sociedade brasileira” (leia mais abaixo).
Presidente da CSI, João Felício apontou que o golpe tem como alvo as conquistas da classe trabalhadora.
"Para a CSI (Confederação Sindical Internacional), o que está ocorrendo no Brasil é um golpe contra os trabalhadores e à população mais pobre. O movimento sindical internacional há muito tempo vê o Brasil como exemplo de conquista e direito. E é justamente isso que os golpistas querem retirar", disse.
Secretário de Relações Internaciionais da CUT, Antônio Lisboa, reforçou a importância de tantas lideranças presentes na manifestação.
"O ato que realizamos aqui em Genebra com mais de 200 dirigentes sindicais do mundo inteiro, foi uma demonstração muito forte de solidariedade. Isso tem uma importância grande porque as pessoas que compareceram vão manter o compromisso de denunciar a situação de golpe no Brasil", definiu
Diretor Executivo da CUT, Júlio Turra apontou a importância do apoio da classe trabalhadora internacional. "É uma forte demonstração de solidariedade de sindicalistas de todo o continente reunidos aqui em Genebra, expressando que estão do nosso lado na luta para derrotar o golpe, restabelecer a democracia e os direitos dos trabalhadores', falou.
Somos Brasil Contra o Golpe – O manifesto Somos Brasil Contra o Golpe defende que o “programa dos golpistas prevê, dentre outros pontos, o fortalecimento do acordo global de comércio TISA - que reduz a soberania nacional; enfraquecimento dos Brics e do Mercosul, priorizando acordos bilaterais; desregulamentação do mercado de trabalho; enfraquecimento dos sindicatos nas negociações coletivas e tornar os direitos garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em objeto de negociação, prevalecendo o negociado sobre o legislado; elevação da idade mínima para aposentadoria, assim como permitir benefícios com valores inferiores ao do salário mínimo; redução da massa salarial e do salário médio; privatizações selvagens, inclusive das gigantescas reservas da camada do Pré-Sal; desvinculação geral dos gastos do governo federal, sobretudo nas áreas de educação e saúde, caminhando, dessa forma, para a privatização e abertura da economia com o fim da política de conteúdo local para compras governamentais”, define.
Destaca ainda que a “CUT Brasil, e demais forças democráticas, não reconhecem o governo Temer e o condenam como ilegítimo, por ser resultado de um processo ilegal e golpista de impeachment e por desrespeitar a vontade expressa da maioria dos cidadãos brasileiros que reelegeu, em 2014, a presidenta Dilma com mais de 54 milhões de votos – único governo eleito e, portanto, legítimo. Não aceitaremos que a classe trabalhadora e os setores mais pobres da população tenham que sofrer ainda mais sacrifícios. Lutamos até agora contra o golpe e continuaremos lutando, nas ruas e nos locais de trabalho, para reconduzir o país ao Estado de Direito e ao regime democrático, contra a retirada de direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras e contra iniciativas que busquem a inserção subordinada do Brasil na economia internacional, regredindo, dessa forma, aos anos 90”, conclui o documento.
CUT Nacional - 8/6/2016