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Protesto por direitos fecha a Paulista

Linha fina
Movimentos sindical, social e estudantil reuniram milhares no encerramento do Dia Nacional de Mobilização e clamaram em coro pelo "fora Temer"
Imagem Destaque
São Paulo - Milhares de pessoas reuniram-se na Avenida Paulista, em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), em um protesto em defesa de direitos. Pela manhã, os bancários já haviam paralisado cerca de 80 unidades, entre agências e centros administrativos, abrangendo mais de 10 mil trabalhadores durante o Dia Nacional de Mobilização, na sexta 10.

> Vídeo: Não mexa no que conquistamos na luta
> Bancários não querem pagar pela crise
> Fotos: galeria da manifestação

O ato foi convocado pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo sem Medo e reúne movimentos social, estudantil e sindical como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), Intersindical, CTB, Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), entre outros. Os organizadores estimaram em 100 mil o número de manifestantes.

No protesto, faixas pediam a saída do interino Michel Temer. Um imenso caminhão de som foi atravessado na Avenida Paulista, ao lado do Masp, onde os líderes dos movimentos, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se revezaram para falar.

Lula afirmou que Michel Temer e sua equipe têm como objetivo privatizar as empresas públicas e fragilizar a capacidade do Estado de intervir na condução do desenvolvimento. "Eles querem o desmonte deste país, querem vender a Petrobras, a Eletrobras." Segundo o ex-presidente, a decisão do Senado de admitir o processo de impeachment de Dilma Rousseff não deu a Michel Temer o direito de agir dessa forma. "Porque ele não age como interino."

Lula teve a fala interrompida por aplausos quando mencionou o ex-senador e atual ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), afirmando que o Brasil não pode ter complexo de vira-lata. "Não é possível falar grosso com a Bolívia e fino com os Estados Unidos."

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, que falou antes de Lula, "o mais importante é a unidade entre os movimentos de esquerda". "Queremos fazer essa e outras manifestações para que o golpe não seja dado no Brasil, porque ele é contra o interesse dos trabalhadores. Posto isso, vamos discutir alternativas dentro do campo do enfrentamento popular. Discutiremos todos os temas', disse o presidente da CUT.

“Esse desgoverno, em um mês, causou mais transtorno para a classe trabalhadora do que podíamos imaginar. Não aceitaremos nenhuma mudança na Previdência que não seja discutida no foro dos trabalhadores, que apresente retirada de direitos. Não aceitamos idade mínima, não aceitamos igualar homens e mulheres e não aceitamos a ideia de acabar com o Ministério da Previdência”, concluiu Vagner Freitas.

“Essa mobilização de hoje é um capítulo. As mobilizações vão se intensificar a cada passo que esse governo ilegítimo tente atacar o direito social dos trabalhadores”, disse o líder do MTST, Guilherme Boulos.
 

Redação, com informações da Rede Brasil Atual e Agência Brasil - 10/6/2016
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