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Conecef aprova pauta de reivindicações específicas

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Tem como alguns dos eixos o Fora Temer, a defesa da Caixa 100% pública, o fortalecimento do papel social do banco, as condições dignas de trabalho e mais contratação de empregados
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São Paulo - Depois de três dias de debates, o 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) foi encerrado neste domingo 19, em São Paulo, com a aprovação da pauta de reivindicações específicas que será defendida durante a Campanha Nacional Unificada 2016, visando a renovação do acordo aditivo à CCT. Tem como alguns dos eixos o Fora Temer, a defesa da Caixa 100% pública, o fortalecimento do papel social do banco, as condições dignas de trabalho e mais contratação de empregados (veja abaixo).

A mobilização é para que a Caixa permaneça 100% pública e que se mantenha e se fortaleça como banco social, continuando a atuar como grande responsável por políticas públicas de transferência de renda e de habitação e moradia.

O Conecef deste ano teve como lema “Lutar sempre vale a pena – Nós somos a resistência!”. No sábado, os delegados representantes dos empregados de todo o país debateram a pauta em grupos específicos: Saúde Caixa e GDP; Funcef, Prevhab e aposentados; segurança bancária, infraestrutura das unidades e terceirização; Caixa 100% pública, contratação, Sipon e jornada de trabalho; isonomia, carreira e reestruturação.

A edição foi marcada pela paridade de gênero, obrigatória a partir deste ano. Do total de 352 delegados, 185 eram homens (52%) e 168, mulheres (48%). “Essa é uma bandeira histórica do movimento dos empregados da Caixa, que sempre foi vanguarda na política de igualdade de gêneros”, destacou Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

À defesa da Caixa 100% pública soma-se a luta por mais contratações e contra a precariedade das condições de trabalho. A crescente elevação do volume de trabalho face à forte carência de pessoal, a prática rotineira de horas extras sem registro correto e pagamento correspondente e a cobrança por metas desmedidas figuraram entre os fatores críticos apontados nos debates dos cinco grupos de trabalho realizados no sábado.

Esse processo também foi norteado pelo princípio de que defender a Caixa é defender o Brasil, sobretudo porque o banco sem papel social perde a sua razão de ser.

Também como necessidade premente foi apontada a intensificação da mobilização contra o processo de reestruturação e o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP). Outra prioridade é o combate ao assédio moral e sexual e a todas as formas de violência organizacional.

Foi aprovada, ainda, a estratégia de campanha nacional unificada dos trabalhadores dos bancos públicos e privados. Bem como a mobilização pelo Fora Temer, diante da ameaça real para direitos dos trabalhadores e empresas públicas.

Par isso, os delegados decidiram juntar esforços ao movimento social e sindical na construção de uma greve geral que mobilize a sociedade, envolvendo as centrais sindicais e os movimentos populares organizados, para combater a política econômica neoliberal desse governo interino e ilegítimo que está golpeando violentamente direitos trabalhistas, civis e sociais.

Os participantes do 32º Conecef deixam claro que bancários e bancárias da Caixa, mais uma vez, fazem-se presentes na luta por mais democracia e pelos direitos de todos.

Seminário - Durante o 1º Seminário Nacional em Defesa dos Bancos Públicos, realizado em conjunto com os trabalhadores do Banco do Brasil na sexta-feira 17, o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, enfatizou a batalha contra o PL 4918, antigo PLS 555 - o chamado Estatuto das Estatais, de privatização. E acrescentou: “O papel social da Caixa precisa ser reafirmado, com o devido respeito aos empregados. Isto é fundamental para uma empresa mais justa e para um país mais democrático”.

> Vídeo: Mexeu com os bancos públicos, mexeu com os trabalhadores

Essa demanda foi reforçada por Roberto Von der Osten, presidente da Contraf/CUT. O dirigente sindical, que também coordena o Comando Nacional dos Bancários, convocou a categoria bancária para se mobilizar contra qualquer tentativa de retrocessos nos direitos dos trabalhadores e nas políticas para redução da desigualdade social no Brasil.

O seminário contou com a participação de personalidades da academia, parlamentares e representantes dos movimentos sindicais e sociais.
Confira as principais reivindicações dos empregados da Caixa
Saúde do trabalhador
Os bancários querem que a pausa de dez minutos a cada 50 trabalhados seja estendida a todos que fazem atendimento ao público, trabalham com entrada de dados ou têm movimentos repetitivos.

Será cobrado que a Sipat (Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho) seja organizada conjuntamente pelo Sindicato e a Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Com toda a infraestrutura sendo garantida pela Caixa.

Abertura obrigatória de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) no prazo de 24 horas para todos os trabalhadores lotados na unidade, nas ocorrências de assalto.

Saúde Caixa
Para melhorar a gestão do Saúde Caixa será reivindicado que o Conselho de Usuários tenha alterado seu caráter de consultivo para deliberativo; que haja o fortalecimento dos comitês de acompanhamento de rede credenciada, incluindo custeio pela Caixa de despesas com viagens dos integrantes.

Funcef
Como resultado dos debates sobre o fundo de pensão dos empregados, os delegados aprovaram que seja mantido o Fundo para Revisão de Benefícios e que o banco público arque com 100% do déficit causado nas situações em que foi utilizado o voto de Minerva. Além disso, o fim desse voto.

Condições de trabalho
A estrutura das agências tem de ser melhorada constantemente. Com esse objetivo será cobrado investimento maior da Caixa na Gilog e demais áreas que dão suporte às unidades. Uma das medidas seria que todos os estados passem a ter setores com essa atribuição.

Para as agências as propostas são: fim do caixa minuto; manutenção da função de caixa; pagamento integral das funções; garantia da substituição para todos os cargos, independente da causa ou período de afastamento. A Caixa também será cobrada para que reveja seu conceito de “agência deficitária”.

Será ampliada, ainda, a cobrança pela imediata reposição, via concurso público, de todos os que saíram por meio do PAA (Plano de Apoia a Aposentadoria).

Outras exigências
Toda hora extra feita seja paga, com o fim do banco de horas, do descomissionamento arbitrário e da GDP (Gestão de Desempenho Pessoal).

Reestruturação
Foi decidido no Conecef que toda e qualquer reestruturação deve ser debatida previamento com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE). 

Defesa do banco público
Haverá campanha permanente das entidades representativas dos empregados pela manutenção da Caixa 100% pública como instrumento de fomento à economia, implementação de políticas públicas, e agente de regulação e moderação do Sistema Financeiro Nacional.

Para envolver a sociedade nesse enfrentamento será mantida a campanha Mais empregados para a Caixa, Mais Caixa para o Brasil. 


Rede Nacional de Comunicação dos Bancários - 19/6/2016
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