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São Paulo – “Temos de aprender a nos defender nesse cenário de retrocessos.” Assim a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira abriu o Seminário Conjuntura e Previdência Social. O evento, realizado na sexta-feira 15, em São Paulo, lança a cartilha Entender e Defender a Previdência Social. “Ela será distribuída massivamente para que trabalhadores compreendam o que significa a retira de direitos que está sendo imposta por esse governo, com uma reforma que diz que temos de nos aposentar aos 70 anos”, afirmou a dirigente.
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O presidente da CUT/SP, Douglas Izzo, também participou da abertura e destacou a importância do evento “para armar nossas categorias e construir uma narrativa diante do que é veiculado nos meios de comunicação”. Diante do ataque aos direitos dos trabalhadores e à democracia, lembrou que a Central está organizada, fazendo o enfrentamento nas ruas. “No segundo semestre estamos construindo estratégia para uma greve geral. Nossa resposta para todo esse pacote de maldade será parar o Brasil. Porque, se conseguirem fazer 10% do que anunciam, será terra arrasada.”
O economista João Sicsú falou sobre a necessidade de produzir informação que esclareça a sociedade. Autor da cartilha Entender e Defender a Previdência, ao lado do também economista Eduardo Fagnani, lembrou de outro material, produzido em parceria com o Sindicato em 2015, sobre a necessidade de reforma tributária no Brasil. “A sociedade não conhece o sistema tributário. Uma pesquisa apontou que 50% das pessoas achava que não pagava imposto. Há uma grande desinformação com relação a temas cruciais. Passam ideia de que pagamos impostos demais. Sobre a reforma da Previdência dizem que tem déficit e que está falindo. A Previdência no Brasil não tem nada de deficitária. E não é verdade que é fácil se aposentar, mas somente uma pequena parcela se aposenta com idade mais baixa. Nosso sistema é bem rigoroso”, explicou. “Precisamos fazer essas discussões para ter entendimento claro e poder fazer mobilização, discussão e enfrentamento.”
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Grave conjuntura – O primeiro registro de Fernando Morais na carteira de trabalho foi do Banco da Lavoura, há 54 anos. “Sinto-me em casa”, anunciou o escritor ao iniciar sua análise na primeira mesa de debates do dia, mediada pela presidenta da Fetec CUT/SP, Aline Molina, com a participação do ator e também escritor Gregório Duvivier. “Não poderia haver ocasião mais oportuna para esse debate. Estamos vivendo uma das mais graves conjunturas politicas da nossa geração”, disse. “Cada dia mais me convenço que este governo golpista está conseguindo trazer mais prejuízo em 60 dias do que os milicos em 20 anos de ditadura militar. Eles prenderam torturaram, exiliram, mas não fizeram estrago na soberania brasileira como Temer e sua quadrilha: Moreira Franco, Eliseu Padilha, Gedel Vieira Lima.”
A crítica ao governo interino também foi a tônica da fala de Duvivier, que retratou todo esse processo como um retrato da sociedade brasileira. “O Rio de Janeiro fez o Museu do Amanhã. Mas o Brasil não tem museu do ontem, da escravidão. É o famoso bola pra frente, esquecer a historia.” E alertou para o fato de não vermos o golpe como algo que aconteceu, mas que está acontecendo todos os dias. E exemplificou: “A eleição de Rodrigo Maia, que é um arremedo do pai [César Maia, ex-governador do RJ], nosso presidente da Câmara. Aliás, a presidência da Câmara é algo a ser estudado: já tivemos Severino Cavalcanti, Eduardo Cunha, o próprio Temer. Parece que tem de ser gangster para negociar com a pior corja possível”, criticou, lembrando as falas na votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “A votação mostrou como são podres as entranhas da nossa democracia. Diziam que Dilma tinha problema, não dialogava com a Câmara. Mas quando a gente vê aquela Câmara pensa: que bom!”> Twitter e Face têm vídeos, fotos e destaques
O presidente da CUT/SP, Douglas Izzo, também participou da abertura e destacou a importância do evento “para armar nossas categorias e construir uma narrativa diante do que é veiculado nos meios de comunicação”. Diante do ataque aos direitos dos trabalhadores e à democracia, lembrou que a Central está organizada, fazendo o enfrentamento nas ruas. “No segundo semestre estamos construindo estratégia para uma greve geral. Nossa resposta para todo esse pacote de maldade será parar o Brasil. Porque, se conseguirem fazer 10% do que anunciam, será terra arrasada.”
O economista João Sicsú falou sobre a necessidade de produzir informação que esclareça a sociedade. Autor da cartilha Entender e Defender a Previdência, ao lado do também economista Eduardo Fagnani, lembrou de outro material, produzido em parceria com o Sindicato em 2015, sobre a necessidade de reforma tributária no Brasil. “A sociedade não conhece o sistema tributário. Uma pesquisa apontou que 50% das pessoas achava que não pagava imposto. Há uma grande desinformação com relação a temas cruciais. Passam ideia de que pagamos impostos demais. Sobre a reforma da Previdência dizem que tem déficit e que está falindo. A Previdência no Brasil não tem nada de deficitária. E não é verdade que é fácil se aposentar, mas somente uma pequena parcela se aposenta com idade mais baixa. Nosso sistema é bem rigoroso”, explicou. “Precisamos fazer essas discussões para ter entendimento claro e poder fazer mobilização, discussão e enfrentamento.”
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Cláudia Motta - 15/7/2016