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São Paulo – Nenhum direito a menos. Com esse mote dirigentes do Sindicato e da Apcef-SP promoveram manifestações em três unidades da Caixa – nas zonas norte, sul e no Centro de São Paulo. Os protestos, na quarta 20, integram Dia Nacional de Luta dos trabalhadores do banco público.
> Fotos: galeria da Sé e Santana
Os sindicalistas reuniram-se com os trabalhadores e denunciaram a clientes os ataques aos empregados, em especial aos avaliadores de penhor, tesoureiros e caixas. Esses últimos correm o risco de extinção.
“A intenção de Gilberto Occhi, indicado para a presidência da empresa pelo governo interino, é clara: reduzir direitos trabalhistas e preparar a Caixa para ser privatizada. Para isso ameaça fechar agências, não contrata novos bancários e quer abrir o capital da empresa, primeiro de subsidiárias e, depois, de todo o banco”, afirma o diretor do Sindicato e integrante da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Dionísio Reis. “Por isso estamos intensificando os protestos para deixar claro que não aceitamos retirada de direitos e pela manutenção da Caixa 100% pública.”
Não tem cabimento – Entre as medidas unilaterais da Caixa está a retirada do adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor. O mais recente comunicado do banco, de segunda-feira 18, informa que o pagamento será mantido por apenas mais 90 dias.
> Ataques visam minar direitos e Caixa 100% pública
“Em muitos locais, não há ventilação adequada, nem pia com água corrente para usar em caso de acidente. Manuseamos produtos químicos, operamos aparelho de Raio X. Tudo isso com um equipamento inadequado de proteção. Não tem cabimento a Caixa alegar que o ambiente não é insalubre”, desabafa um avaliador de penhor.
Uma avaliadora destaca que todos querem ambiente adequado e sem risco à saúde. “Mas não é isso que a Caixa propicia”, denuncia, alertando também sobre o risco de a instituição colocar em prática o chamado avaliador-minuto, com qualquer bancário recebendo pela função apenas pelo tempo que fizer avaliação de joias. “Essa tarefa envolve muito conhecimento técnico para apurar se um objeto, por exemplo, é de ouro ou não, qual o valor, entre outras medições. É um risco tanto para a pessoa que não é preparada quanto para a Caixa que pode vir a perder muito dinheiro devido a uma análise incorreta.”
Outro bancário, no cargo de tesoureiro, deixa claro o receio com o futuro e considera que a reação do Sindicato veio no momento certo. “Estamos temerosos. As mudanças são feitas da noite para o dia, sem qualquer explicação, e não sabemos se nosso cargo será mantido ou não. Nossa única alternativa é lutar contra tudo isso.”
Reunião no Sindicato – A continuidade da mobilização será um dos temas tratados em reunião com caixas e tesoureiros no sábado 23, a partir das 10h, na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413, próximo ao metrô São Bento).
> Fotos: galeria da Sé e Santana
Os sindicalistas reuniram-se com os trabalhadores e denunciaram a clientes os ataques aos empregados, em especial aos avaliadores de penhor, tesoureiros e caixas. Esses últimos correm o risco de extinção.
“A intenção de Gilberto Occhi, indicado para a presidência da empresa pelo governo interino, é clara: reduzir direitos trabalhistas e preparar a Caixa para ser privatizada. Para isso ameaça fechar agências, não contrata novos bancários e quer abrir o capital da empresa, primeiro de subsidiárias e, depois, de todo o banco”, afirma o diretor do Sindicato e integrante da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Dionísio Reis. “Por isso estamos intensificando os protestos para deixar claro que não aceitamos retirada de direitos e pela manutenção da Caixa 100% pública.”
Não tem cabimento – Entre as medidas unilaterais da Caixa está a retirada do adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor. O mais recente comunicado do banco, de segunda-feira 18, informa que o pagamento será mantido por apenas mais 90 dias.
> Ataques visam minar direitos e Caixa 100% pública
“Em muitos locais, não há ventilação adequada, nem pia com água corrente para usar em caso de acidente. Manuseamos produtos químicos, operamos aparelho de Raio X. Tudo isso com um equipamento inadequado de proteção. Não tem cabimento a Caixa alegar que o ambiente não é insalubre”, desabafa um avaliador de penhor.
Uma avaliadora destaca que todos querem ambiente adequado e sem risco à saúde. “Mas não é isso que a Caixa propicia”, denuncia, alertando também sobre o risco de a instituição colocar em prática o chamado avaliador-minuto, com qualquer bancário recebendo pela função apenas pelo tempo que fizer avaliação de joias. “Essa tarefa envolve muito conhecimento técnico para apurar se um objeto, por exemplo, é de ouro ou não, qual o valor, entre outras medições. É um risco tanto para a pessoa que não é preparada quanto para a Caixa que pode vir a perder muito dinheiro devido a uma análise incorreta.”
Outro bancário, no cargo de tesoureiro, deixa claro o receio com o futuro e considera que a reação do Sindicato veio no momento certo. “Estamos temerosos. As mudanças são feitas da noite para o dia, sem qualquer explicação, e não sabemos se nosso cargo será mantido ou não. Nossa única alternativa é lutar contra tudo isso.”
Reunião no Sindicato – A continuidade da mobilização será um dos temas tratados em reunião com caixas e tesoureiros no sábado 23, a partir das 10h, na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413, próximo ao metrô São Bento).
“Já fizemos reuniões com os avaliadores e agora é a vez de os caixas e tesoureiros também se posicionarem perante a tudo que está acontecendo. Assim, é importante que participem desse encontro. Essa unidade é essencial para fortalecer a luta em defesa de nossos direitos”, convoca a dirigente sindical Cláudia Tome.
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Jair Rosa – 20/7/2016