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Mesa de abertura convoca unidade para resistir

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Cerimônia da 18ª Conferência Nacional dos Bancários marcou união da classe trabalhadora de todo o Brasil contra em defesa dos empregos e contra retirada de direitos
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São Paulo – A abertura solene da 18ª Conferência Nacional dos Bancários, na noite da sexta-feira 29, foi marcada sobretudo pela ampla representação da diversidade da categoria e da classe trabalhadora em geral. Empregados de bancos públicos e privados de todas as regiões do Brasil estiveram representados na mesa, que reuniu as diversas correntes do movimento sindical bancário.

Conferência nas redes sociais, em vídeos e fotos
> Vídeo: união na defesa de empregos e direitos 

Nas falas de cada um dos dirigentes sindicais ficou clara a disposição de luta da categoria para defender as reivindicações e avançar cada vez mais nas conquistas, construindo mais uma vez uma Campanha Nacional vitoriosa do início ao fim.

Representantes dos metalúrgicos, petroleiros e vigilantes participaram do evento reforçando a unidade na luta contra a retirada de direitos. Este ano, as categorias com data base no segundo semestre estarão juntas não só por conquistas trabalhistas, mas também para resistir aos ataques promovidos pelo governo golpista à CLT, à Previdência e aos programas sociais que incluíram milhares de brasileiros.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, destacou essa conjuntura na qual se dará a campanha dos bancários, muito diferente do anterior. “Estamos em um momento de grande investida contra a classe trabalhadora e que requer da nossa campanha criatividade, renovação. E a unidade de toda a classe trabalhadora para resistir.”

Ela destacou ainda que para os bancos não tem crise. “Quem está pagando o pato dessa crise são os trabalhadores, é o povo brasileiro. Por isso precisamos nos unir contra a ofensiva dessa elite egoísta, que está a serviço dos interesses do capital estrangeiro.”

Além do enfrentamento à retirada de direitos, a categoria bancária tem seus desafios, ressaltou Juvandia: “Temos a defesa do emprego, temos a questão do aumento salarial, e outras fundamentais como saúde e segurança, tem bancários adoecendo. Essa será nossa agenda e nossa luta”.

A agenda da campanha foi descrita em detalhes pelo presidente da Confederação do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten. “Nós construímos um sistema de negociação, um sistema de enfrentamento, que é absolutamente singular, inédito. Começa lá com a nossa consulta. Com a construção da nossa mídia. Depois fazemos conferências em sindicatos de base estadual, conferências de federações. Chegamos até aqui, que é a metade da nossa campanha, com um grande esforço coletivo e democrático.  A outra metade começa com a entrega da minuta [a pauta de reivindicações], agora no dia 9. Com o começo das negociações, se os banqueiros trouxerem a sua habitual intransigência, faremos a greve, nossas assembleias, e chegaremos na Convenção Coletiva. (...) Os golpistas e fascistas não passarão. E os banqueiros não nos vencerão.”

Trabalhador unido – O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, também falou sobre o desafio de discutir a luta política com a categoria bancária. “Temos de debater que esse golpe é contra os direitos dos trabalhadores e colocar as medidas que já foram anunciadas e que afetam todas as categorias: a volta da agenda de privatizações; de novo o debate sobre a entrega da Petrobras; possibilidade de privatização do Banco do Brasil, da Caixa; a Previdência, que é muito importante porque ampara o trabalhador na velhice e na doença, e que foi entregue para o ministro da Fazenda administrar sob olhar economicista; a jornada de 80 horas. Então o que vem não é pouca coisa, é a maior retirada de direitos da história da classe trabalhadora, por isso nós precisamos derrotar esse golpe.”

José Maria Rangel, presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), foi outra liderança a reforçar a importância da unidade da classe trabalhadora “principalmente nesse momento em que estamos vivendo um golpe e quem vai pagar o pato desse golpe é a classe trabalhadora, as categorias que têm campanha no segundo semestre estarão juntas”.

Zé Maria destacou que o golpe pretende entregar o pré-sal às multinacionais do petróleo. “Um dos maiores crimes contra a nossa sociedade e a nossa soberania.” Ele lembrou que o com a descoberta da maior reserva petrolífera do mundo, durante o governo Lula, mudou-se também o regime de concessão. “Após a descoberta do pré-sal, mudou o modelo de concessão. O Estado é o dono, quem ganha o leilão tem de dar retorno de óleo para o Estado, e isso é revertido em favor da população, com mais dinheiro para a saúde e para a educação. É tudo que os entreguistas não querem. O projeto está para ser votado no Congresso, mas vamos lutar para que essa riqueza continue sendo usada em beneficio do povo brasileiro.”

Paulo Cayres, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos convocou: “A alternativa é luta, é enfrentamento. Dia 16 vamos fazer um ato e temos de lotar. Nós escolhemos os patrocinadores do golpe, que são as federações das indústrias. Vamos dizer para eles: sem pato e sem golpe. Porque eles querem destruir os direitos da classe trabalhadora, e nossa reação tem que ser do tamanho do ataque deles”.

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Redação - 29/7/2016
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