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Fenacrefi muda postura após protestos

Linha fina
Depois do Dia Nacional de Luta, bancada patronal mostrou mais respeito e sinalizou com possibilidade de avanços nas reivindicações dos trabalhadores; dia 30 tem nova negociação e mobilização continua
Imagem Destaque
São Paulo – A organização e a mobilização dos financiários já começaram a dar resultado. A mudança ficou clara na terceira rodada de negociações da campanha salarial 2016, realizada na terça-feira 23, em São Paulo, entre os representantes dos trabalhadores e a Federação das Instituições de Crédito (Fenacrefi).

Vinte e quatro horas após o Dia Nacional de Luta, realizado em todo o país na segunda-feira 22, a bancada patronal sentou à mesa com uma postura mais respeitosa. Eles sinalizaram a possibilidade de avançar no abono-assiduidade. A reivindicação da categoria é utilizar a mesma redação da Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários (CCT), que garante um dia de folga por ano ao bancário com ao menos 12 meses de casa e que não tenha tido falta injustificada no período.

> Protesto cobra seriedade das financeiras

Sobre o auxílio-educação, a Fenacrefi informou que deve ser negociado em debate individual com as financeiras. Já sobre a cláusula 80, que aborda a complementação do auxílio-doença, a Fenacrefi rejeitou a reivindicação de que o valor seja complementar ao salário do trabalhador. A justificativa é de que a proposta atingiria uma grande parte dos trabalhadores e as financeiras não teriam como arcar com esse custo.

Para Marta Soares, diretora executiva do Sindicato que participou das negociações, o Dia Nacional de Luta foi essencial para a mudança de postura das financeiras na mesa de negociação.  

“O êxito na campanha depende da mobilização de todos os trabalhadores. Informem-se pelos canais de comunicação dos sindicatos sobre as negociações, fiquem atentos sobre seu andamento e discutam com os colegas nos locais de trabalho. Só a luta te garante”, afirma Marta, lembrando o mote da Campanha Nacional dos Bancários deste ano.

Roberto von der Osten, ressalta que este ano é um marco para a categoria. “Em 2016, já realizamos a primeira Conferência Nacional dos Financiários, agora o primeiro Dia Nacional de Luta. Nosso próximo passo é conquistar avanços históricos para os financiários. Os representantes das financeiras perceberam a mudança. Demos um salto qualitativo na nossa organização que resultou num avanço quantitativo de nossa mobilização. Isso com certeza vai representar um avanço no nosso movimento da efetiva construção do ramo financeiro e na nossa CCT.”

A quarta rodada de negociação foi marcada para terça-feira 30, às 10h, na Fenacrefi. “Sabemos que a Fenacrefi tem amplas condições de atender os financiários. Esperamos que na próxima mesa avancemos e consigamos conquistar melhorias para os trabalhadores”, disse Jair Alves dos Santos, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Organização dos Financiários.

Leia mais
> Página com agenda e resultados das negociações e resumo das reivindicações


Redação, com informações da Contraf-CUT – 23/8/2016 
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