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“65 anos para aposentar é escravidão”

Linha fina
É o que pensam trabalhadores que, assim como os bancários, estão preocupados com a Reforma da Previdência de Temer; mulheres acham injusto igualar idade à dos homens, já que cumprem dupla jornada
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Redação SPbancários
8/9/2016


São Paulo – Assim como os bancários, trabalhadores de outras categorias profissionais estão muito preocupados com a Reforma da Previdência proposta pelo governo Temer, que prevê ampliar a idade mínima de aposentadoria para 65 anos para todos: homens e mulheres, da cidade ou do campo, servidores públicos ou da iniciativa privada.

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> Aumentar idade da aposentadoria não é a saída    

“Não acho justo. Pode parecer exagero da minha parte, mas me faz pensar numa escravidão moderna”, opina o assistente operacional de logística Lucas Soares, que tem 29 anos e 12 de contribuição à Previdência.

Para o garçom Tales Mariano, 47 anos, é “sempre assim. É só o jornal começar a falar em crise que já querem que sobre para o trabalhador”, critica.

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“Eu, que trabalho desde os 18, vou ter que trabalhar mais 35 anos para me aposentar”, reclama o também garçom Diego Evangelista, 30, que pela regra atual 85/95 poderia se aposentar aos 60 anos.

Mais desigualdade – Gabriela Santos, 36, vendedora, não acha justo que mulheres e homens se aposentem com a mesma idade. “Eu tenho dois filhos pequenos e sou divorciada. Eles ficam comigo. Quando chego em casa depois do trabalho tenho de cuidar deles.”

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A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, concorda: “É absurdo igualar idade entre homens e mulheres quando as mulheres têm salários 30% menores que os homens realizando a mesma função. Você não pode igualar os desiguais. As mulheres estão ainda sob impacto de uma sociedade machista e preconceituosa. Primeiro precisa acabar com o preconceito, com a discriminação salarial, com a dupla jornada. Primeiro tem de promover a igualdade para depois igualar a idade de aposentadoria”. 
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