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Greve é um direito, não se deixe constranger

Linha fina
Bancos usam de vários artifícios para impedir que bancários paralisem atividades, inclusive transferindo-os de unidade; lei assegura a todo trabalhador direito de cessação coletiva do trabalho
Imagem Destaque
Redação Spbancarios
21/9/2016


São Paulo – O Sindicato tem recebido diversas denúncias de bancários que estão sendo pressionados por seus gestores a trabalhar durante a greve, inclusive em lugares que nem são os postos de trabalho originais. Uma funcionária do Itaú, por exemplo, informou que o banco está convocando mulheres grávidas e pessoas com deficiência como tática para furar os piquetes promovidos pelos trabalhadores.    

Outro bancário denunciou que o Bradesco ordenou a abertura de agências e orientou os trabalhadores a procurarem a polícia caso sua unidade esteja fechada.

O secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Carlos Damarindo, lembra que a greve é um direito estabelecido por lei. “A lei de greve [lei 7.783/89] garante ao trabalhador a possibilidade de cessação coletiva do trabalho, caso a negociação não avance. É, portanto, uma forma legítima que os empregados têm de pressionar o patrão por aumento salarial e por melhorias nas condições de trabalho”, explica.

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O dirigente destaca ainda que a lei, no inciso I, do artigo 6º, assegura aos trabalhadores o emprego de meios pacíficos para persuadir ou aliciar os colegas a aderirem ao movimento. “Ou seja, além de paralisar as atividades, os trabalhadores têm direito de fazer piquetes para convencer os demais a aderirem.”

Ele ressalta ainda que, no parágrafo 2º do artigo 6º, a lei proíbe as empresas de “adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento”.

“Portanto, os bancos não podem usar de artifícios como esses para impedir a categoria de exercer um direito garantido por lei. Os empregadores não podem aplicar nenhum tipo de penalidade aos grevistas. Os bancários devem continuar denunciando essas medidas ao Sindicato e nós tomaremos as medidas cabíveis”, acrescenta Carlos Damarindo.
Os bancários podem fazer suas queixas a algum dirigente, pelo Whatsapp do Sindicato (97593-7749), pelo Fale Conosco (escolha o setor “Site”) ou por meio da Central Telefônica (3188-5200). O sigilo é garantido.

> Mande seu recado pelo SAC do WhatsApp  

“Nosso movimento é justo. O setor que mais lucra no país tem todas as condições de atender às nossas reivindicações: queremos aumento digno, garantia de empregos e uma série de medidas que resultarão na melhoria das condições de trabalho”, conclui o dirigente.

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