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No Brasil, greve para 56% dos locais de trabalho

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No total, foram computados 3.246 agências e 29 centros administrativos com as atividades paralisadas
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Contraf-CUT
29/9/2016


São Paulo - A greve nacional dos bancários encerrou o 24º dia de mobilização com 13.246 agências e 29 centros administrativos com as atividades paralisadas no país. O número representa 56% das agências de todo o Brasil.

Para Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, apesar de tudo que estão fazendo, a indignação faz a greve permanecer num patamar muito alto. “Mesmo com pequenas variações para cima e para baixo. É, sem dúvida, a maior greve da categoria, considerando o número de locais aderidos. Está na hora dos bancos ouvirem a voz da sociedade e apresentarem uma proposta que possa encerrar o conflito. Só depende deles. Nós vamos continuar lutando para defender o salário de nossas famílias.”

> Greve volta a crescer em São Paulo contra proposta indecente

Segundo ele, os banqueiros fracassaram na tentativa desmobilizar a categoria. “Tentaram deixar a greve invisível retirando os cartazes e faixas que avisavam a população sobre o conflito. Não adiantou. Solicitaram ao Judiciário interditos e arranjaram intervenções policiais para intimidar os trabalhadores. A greve continuou. Emitiram ordens para os gerentes intimarem os trabalhadores a abandonar a greve. Não tiveram êxito. E ainda não adiantou plantarem matérias tendenciosas na mídia, que eles patrocinam, enganando os clientes de que a culpa da greve é dos trabalhadores. Os clientes sabem o quanto pagam por serviços e tarifas bancárias. E sabem a quantas andam os juros. Sabem que dinheiro os banqueiros têm. Então qual será a causa desta intransigência em reajustar o salário e encerrar a greve?”

Roberto lembra que muita gente está desconfiada de que os motivos podem não estar nas relações trabalhistas. “O real motivo pode ter conotações políticas e pode estar atendendo a pedidos de gente fora da mesa de negociação. Afinal somos a maior categoria organizada em greve neste momento. Nossas negociações vão balizar outras categorias. Pode ter dedo de gente graúda interessada em achatar o poder de compra de 500 mil famílias para promover um ajuste fiscal.”
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