São Paulo - Trabalhadores do Itaú intensificam nesta terça-feira 12, em Dia Nacional de Luta, os protestos contra as demissões imotivadas promovidas pelo banco. Os atos, que acontecem em todo o país, denunciam à sociedade a falta de responsabilidade social da instituição financeira. Em São Paulo, a mobilização se concentra na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima. São 24 agências fechadas.
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Para o diretor executivo do Sindicato e funcionário do Itaú, Daniel Reis, existe um desmonte de funcionários nas áreas do banco. “O Itaú reclama de nossas manifestações, mas não resolve o problema. Falta intervenção do RH diante dessas dispensas, feitas sem controle algum”, diz o dirigente. Ele explica que o Itaú investe na carreira dos gestores, com cursos e aperfeiçoamento, mas depois dispensa esses funcionários capacitados.
“Na contramão dos resultados positivos, o Itaú demite sem motivos, o que mostra a falta de compromisso do banco com seus funcionários. Onde está o conceito de sustentabilidade da instituição financeira? Sustentabilidade deve começar dentro de casa, com uma postura racional e clara, com a valorização dos trabalhadores”, ressalta o dirigente.
Apoio - Além da categoria bancária, o Sindicato recebeu apoio da população, que valorizou a luta pela defesa de empregos. “Falta responsabilidade e respeito com a população nesse desmonte que o banco está praticando em todas as suas áreas. Debatemos com os clientes e cidadãos nas portas das agências e recebemos apoio”, relata o diretor executivo do Sindicato e funcionário do Itaú Daniel Reis.
“Com os resultados que o banco alcança, deveria exercer uma função social. No entanto, o Itaú vai na contramão das medidas sugeridas pelo governo, como, por exemplo, a de baixar significativamente as taxas de juros para a sociedade”, ressalta o dirigente sobre o debate feito com a população.
Brasil - No Brasil, os bancários paralisaram pelo menos 239 agências de acordo com levantamento concluído às 19h30 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com base nas informações de sindicatos e federações.
Além de São Paulo, houve agências fechadas no Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Salvador, Maceió, Recife, Cuiabá, Campo Grande, João Pessoa, Belém, Rio Branco, Boa Vista e Macapá, dentre outras capitais, além de dezenas de cidades no interior dos estados.
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