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Pauta da Campanha Nacional está definida

Linha fina
Bancários de todo o Brasil reivindicam 10,25% de reajuste salarial, PLR maior, piso de R$ 2.416,38, fim do assédio moral e das metas abusivas
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Curitiba – A pauta dos bancários para a Campanha Nacional 2012 está definida. Reunidos na 14ª conferência da categoria, cerca de 700 delegados eleitos por trabalhadores de todo o Brasil debateram entre os dias 20 e 22, em Curitiba, as reivindicações a serem encaminhadas à federação dos bancos no dia 1º de agosto. Logo depois têm início as primeiras negociações, nos dias 7, 8, 15 e 16. A data base da categoria é 1º de setembro

> Vídeo: presidenta Juvandia Moreira comenta a pauta aprovada
> Fotos: a conferência de bancários em imagens

Reajuste salarial de 10,25% (composto de aumento real de 5% mais a reposição da inflação projetada para o período, de 5%), PLR de três salários mais parcela fixa adicional de R$ 4.961,25, piso de R$ 2.416,38, além dos vales refeição, alimentação e auxílio-creche no valor de R$ 622 cada estão entre as principais reivindicações econômicas.

Para melhorar as condições de trabalho, a categoria quer o fim das metas abusivas. E, para isso, os trabalhadores defendem também alteração da atual gestão dos bancos focada na cobrança de metas para venda de produtos.

No combate ao assédio moral, os bancários decidiram pela renovação do instrumento criado em 2011 e assinado pela maioria dos bancos em São Paulo.

> Vídeo: Diretora executiva Marta Soares comenta as reivindicações de saúde

Mais contratações e o fim das terceirizações estão na pauta que quer melhorar a qualidade do emprego bancário, assim como o respeito à jornada de seis horas, a igualdade de oportunidades para todos os trabalhadores e ampliação dos investimentos para proporcionar mais segurança nos locais de trabalho, com a instalação das portas giratórias.

> Vídeo: Diretor executivo Daniel Reis comenta as reivindicações de segurança
> Vídeo: Diretora executiva Rita Berlofa comenta as reivindicações de emprego

“A pauta dos bancários é fruto de um debate amplo e democrático, feito por representantes de trabalhadores de bancos públicos e privados de todo o Brasil. Reflete a vontade da categoria que deve ser respeitada pelos banqueiros”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira (foto). “Vamos apresentar nossas propostas à federação dos bancos com disposição para negociar. Mas sabemos que os bancos estão em plenas condições de valorizar seus funcionários e não abriremos mão disso”, ressalta a dirigente, lembrando que o lucro dos seis maiores bancos em 2011 bateu a casa dos R$ 52 bilhões. E que, só no primeiro trimestre deste ano, acumulou R$ 12 bilhões (considerando apenas os balanços dos cinco maiores). “Não há crise para os bancos no Brasil, esperamos que não venham trazer esse tipo de subterfúgio para a mesa de negociação. Os bancários querem sua parte nesse excelente resultado.”

Sistema Financeiro – A categoria bancária quer debater com os bancos a universalização de fato dos serviços financeiros com acesso igualitário para todos os brasileiros.

> Vídeo: Secretária-geral, Raquel Kacelnikas, comenta as reivindicações do SFN

Nos debates com a Fenaban, será reforçada outra reivindicação antiga: o fortalecimento dos bancos públicos e do papel social de todas as instituições financeiras por meio da regulamentação do Sistema Financeiro, debatida em Conferência Nacional com a participação de toda sociedade. Os bancários defendem, ainda, a manutenção da política de redução de juros e do spread, para que o acesso ao crédito seja ampliado.

Os trabalhadores decidiram, ainda, participar da luta pelo fim do fator previdenciário nas aposentadorias.

Novas cláusulas – Agregar novas conquistas à CCT é uma das decisões da Conferência. Os bancários querem receber adiantamento de um salário no retorno das férias, com desconto feito em até 10 vezes sem juros conforme já praticado por alguns bancos.

Além disso, reivindicam poder optar pelo valor em dinheiro – para uso com combustível ou fretado – no lugar de vale-transporte.

Na pauta, ainda, o pagamento de auxílio-educação para todos os bancários, na graduação e pós-graduação.

Confira as principais reivindicações da pauta 2012:

• Reajuste Salarial de 10,25% (5% de aumento real, além da inflação projetada de 5%)
• PLR – três salários mais R$ 4.961,25
• Piso – salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38)
• Vales alimentação, refeição e auxílio-creche – valor do salário mínimo nacional (R$ 622)
• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) – para todos os bancários
• Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós
• Emprego – Ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, além da aprovação da convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada)
• Respeito à jornada de seis horas
• Fim das metas abusivas e do assédio moral que levam a categoria ao adoecimento em níveis epidêmicos
• Mais segurança nas agências bancárias, com instalação das portas giratórias
• Previdência complementar para todos os trabalhadores
• Regulamentação da remuneração total (fixa e variável) para interferir na lógica de gestão dos bancos que cobra metas individuais
• Igualdade de oportunidades
• 14º salário
• 13ª vale refeição
• Efetivação de todos os caixas

Dados da Categoria – Os bancários, que este ano comemoram os 20 anos da sua Convenção Coletiva de Trabalho somam quase 500 mil no Brasil, sendo 138 mil na base do Sindicato. “Nossa mobilização nacional e unificada garantiu avanços para toda a categoria com aumento real de salários nos últimos oito anos, valorização do piso, PLR maior. Os bancos continuam lucrando muito e este ano não será diferente. Vamos continuar a luta para que os trabalhadores bancários conquistem mais”, completa Juvandia.


Rede de Comunicação dos Bancários - 22/7/2012

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