São Paulo - Para melhorar a proteção de bancários, vigilantes e clientes, os bancários reivindicam que todas as agências tenham instaladas portas de segurança. Além disso, o transporte de chaves das unidades feito por empresa especializada e a instalação de biombos nos caixas e no setor de autoatedimento para dificultar a visualização das operações.
A pauta estará em debate nas rodadas de negociações da Campanha de quarta 15 e quinta 16, quando serão também debatidos temas sobre segurança, igualdade de oportunidades e saúde.
“São medidas extremamente importantes, podem ser adotadas pelas instituições financeiras. Alguns bancos, já instalaram a porta de segurança em todas as agências do país. Na Paraíba, a simples colocação de biombos diminuiu o número de assaltos em ‘saidinha’”, afirma o diretor executivo do Sindicato Daniel Reis.
De acordo com levantamento feito por bancários e vigilantes no primeiro semestre deste ano, 27 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo instituições financeiras, aumento de 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado. “Os bancos também têm responsabilidade pela preservação da integridade física de trabalhadores e clientes”, destaca o dirigente sindical.
Outra reivindicação é que os bancários que passam por situação de sequestro tenham direitos – como estabilidade, atendimento psicológico e emissão de CAT – respeitados pelas instituições financeiras.
Dados - De acordo com estatística da Febraban, após a instalação das portas de segurança, a partir do final dos anos 1990, houve redução do número de assaltos: de 1.903 em 2000, para 369 em 2010. No entanto, houve aumento para 422 ocorrências em 2011, ano em que alguns bancos retiraram as portas giratórias nas reformas das agências.
Multas – Só este ano, uma comissão do Ministério da Justiça multou seis bancos públicos e privados em R$ 809,9 mil por irregularidades no setor de segurança. Os bancos foram flagrados com número insuficiente de vigilantes, alarmes inoperantes, utilização de bancários para o transporte de valores, entre outros.
Segundo dados do Dieese, os cinco maiores bancos que operam no país apresentaram lucros de R$ 24 bilhões no primeiro semestre de 2012, mas os investimentos em segurança e vigilância somaram apenas R$ 1,5 bilhão, o que significa 6%, em média, na comparação com os lucros.
Chave do cofre – Uma modalidade de sequestro assusta a categoria. Alguns bancos entregam a chave do cofre para os bancários levarem para casa. E já existe aumento de casos de violência contra esses trabalhadores. O Sindicato quer a proibição dessa função.
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E reivindica também que os bancos cumpram a lei 7.102/83, que proíbe o serviço de transporte de valores de uma instituição financeira por um bancário. A legislação determina que o serviço deve ser realizado por empresa especializada contratada para essa finalidade ou pelo próprio estabelecimento com pessoal treinado.
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Redação - 13/8/2012 (atualizado às 19h18 de 14/8/2012)
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Reivindicações da categoria sobre segurança da Campanha serão debatidas nos dias 15 e 16
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