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Negociações com BB prosseguem sem avanços

Linha fina
Segunda rodada para tratar de questões específicas foi marcada pela intransigência da direção da empresa
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São Paulo - O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, concluiu na terça 15 a primeira rodada de negociação da pauta específica do funcionalismo com a direção da empresa. As discussões, em Brasília, abordaram reivindicações de saúde e condições de trabalho, previdência e isonomia. A mesa foi iniciada na segunda 13.

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Não houve avanços na reunião de terça, quando o BB sinalizou que as negociações só avançam se houver greve dos funcionários, pois disse não para várias reivindicações, alegando que não pretende atender às demandas porque entre 2003 e 2011 já aceitou várias delas. Nesse período, o funcionalismo conquistou vários direitos com mobilização e greve.

"Finalizamos o primeiro bloco de negociação, que durou dois dias, reafirmando ponto por ponto a pauta específica e mostrando ao banco como é importante para os funcionários ele apresentar propostas que atendam às nossas prioridades em relação à preservação da saúde, às condições de trabalho e à isonomia entre todos os trabalhadores do banco, sejam eles pré-98, pós 98 ou oriundos de bancos incorporados", afirma William Mendes, coordenador nacional da Comissão de Empresa.

"Há um conjunto de reivindicações que o BB tem plenas condições de atender, e que são os principais problemas dos bancários hoje, como a jornada de 6 horas para todos, a irredutibilidade do salário no retorno de licença saúde, a seleção interna para a ascensão na carreira, o fim dos descomissionamentos e das travas para concorrência e a remoção automática", insiste William.

Durante a discussão sobre isonomia para os bancários oriundos dos bancos incorporados, o BB enumerou os avanços dos últimos nove anos, voltando a sinalizar que só apresentará proposta se houver greve. "Mas nós dissemos que é hora de darmos um salto de qualidade e de o banco valorizar o processo de negociação coletiva, apresentando propostas para as prioridades dos bancários", acrescentou o dirigente sindical, destacando que só a mobilização do funcionalismo garantirá os direitos dos trabalhadores e forçará o banco a avançar nas negociações.

Fim do PSO - O Comando Nacional discutiu ainda com o BB outras reivindicações importantes do funcionalismo, como o fim das Plataformas de Suporte Operacional (PSO). "Mostramos o caos que esse programa trouxe para os bancários em geral, os gestores e clientes e reivindicamos o seu fim e o retorno dos caixas e gerentes de serviço às dotações das agências", disse William.

Também ocorreram discussões sobre os comitês de ética, que os bancários querem revisar e levar o BB a aderir à cláusula de combate ao assédio moral da convenção coletiva da Fenaban.

Outro debate abordou a Cassi e a Previ, principalmente em relação à urgência da inclusão dos funcionários dos bancos incorporados nas duas caixas e do fim do voto de Minerva na Previ.

Segunda rodada - A segunda rodada das negociações das questões específicas será realizada na próxima semana, em data que será definida pelo Comando Nacional após a segunda rodada com a Fenban que ocorre nesta quarta e quinta-feira.

Entre os temas da próxima reunião específica estão os blocos de remuneração e plano de carreira.


Redação com informações da Contraf-CUT - 15/8/2012

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