São Paulo – Os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica serão mantidos pelos bancos. O compromisso foi assumido pelos representantes da Fenaban, na manhã dessa quarta-feira, diante da reivindicação do Comando Nacional dos Bancários apresentada na rodada de negociação sobre saúde.
Atualmente, muitos trabalhadores ficam até três meses sem salário e benefício por conta da demora na realização da perícia. Além disso, entidades sindicais e Fenaban procurarão conjuntamente o INSS para discutir os problemas causados aos funcionários em função da demora no agendamento de perícias e debater os transtornos causados pela chamada alta programada.
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Ficou definido também que após a Campanha serão analisadas as estatísticas de adoecimento para averiguar quais funções são mais afetadas pela LER, lesões por esforço repetitivo. O Sindicato voltou a defender o repouso de 10 minutos a cada 50 trabalhados como forma de prevenção. “Os caixas, por exemplo, estão sobrecarregados e têm uma tendência maior de adoecer caso não façam essa pausa. E os números devem mostrar isso”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
Os representantes dos bancos negaram manter as comissões pagas aos funcionários que se afastam por doença ocupacional. “Não concordamos com essa medida, pois o bancário, além de adoecer, ainda tem de lidar com outro problema que é a diminuição de remuneração mensal”, ressalta a presidenta.
Os dirigentes sindicais reivindicaram que o bancário tenha o direito de passar por consulta médica durante o expediente.
As negociações foram interrompidas e serão retomadas na terça-feira 21 com os temas igualdade de oportunidades, segurança e remuneração.
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Redação - 15/8/2012
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Trabalhadores afastados terão salário mantido até que seja regularizada situação com INSS. Negociação foi interrompida e será retomada na terça-feira 21
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