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Bancários em cruzada para fechar agências

Linha fina
Criatividade e ousadia somam-se a vontade de participar e fortalecer a greve; assim foi na zona norte, no segundo dia de paralisações
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São Paulo – Parar as atividades na agência em que trabalha e ajudar a paralisar outras unidades é a melhor forma de contribuir com o movimento de greve e mostrar para os banqueiros que a categoria está indignada com a proposta e mobilizada para a luta. O exemplo veio de alguns bancários do Banco do Brasil que com disposição contribuíram para fortalecer o segundo dia de greve.

Logo pela manhã de quarta 18, segundo dia de paralisação, eles deixaram para trás a agência em que trabalham e foram ajudar a fechar em outra região de São Paulo. Decidiram ir para outra região justamente para não prejudicar suas carreiras. E reforçaram: “são vários motivos que nos levaram a parar”.

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“O valor da PLR, que será menor para muitos bancários este ano, foi uma das principais causas que nos levou à greve. Principalmente depois que o Sindicato divulgou o quanto ganham os executivos do banco. Ali vimos a desigualdade e a injustiça de forma gritante”, disse um dos trabalhadores, que em seguida tentou dialogar com uma colega do Itaú sobre os diversos motivos para ela parar também.

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De acordo com outro bancário, todas as reivindicações são legítimas e afetam o dia a dia, como a defasagem nos tíquetes alimentação e refeição e a sobrecarga de trabalho em função da falta de funcionários. Porém, segundo ele, existem duas reivindicações específicas que “melhorariam muito a condição de trabalho e a qualidade de vida dos bancários do BB”: o respeito à jornada de seis horas em todas as agências e a adesão ao programa de combate ao assédio moral, uma vez que o Banco do Brasil é o único que não assinou a proposta acordada na Campanha Nacional 2011.

Greve forte – Após entender que para a greve ser forte e vitoriosa é preciso ajudar a mobilizar, os bancários procuraram o Sindicato para encontrar uma forma de contribuir. Conversaram com os coordenadores regionais da entidade e se deslocaram para outras regiões para que não sejam prejudicados. “O importante é ajudar e fazer a nossa parte”, destacou outro bancário, após pregar a faixa com os dizeres estamos em greve na porta de uma agência do Santander.

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Tatiana Melim – 19/9/2012

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