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Fórum dá apoio a Assentamento Milton Santos

Linha fina
Justiça determinou que famílias tem de deixar o local até 24 de janeiro. Entidades tentam impedir retirada
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São Paulo - O Fórum São Paulo pela Reforma Agrária, apoiado pelo Sindicato, presta solidariedade às famílias do Assentamento Milton Santos, em Americana, que estão sob risco de desocupação da área e retirada por força policial desde o dia 9, quando o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) foi intimado a cumprir reintegração de posse num prazo de 15 dias.

A área, que pertencia à família Abdalla, foi repassada em 1976 ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) como pagamento de dívidas com a União e, em 2006, o assentamento foi oficialmente reconhecido. Em novembro passado, porém, a Justiça Federal determinou a reintegração de posse.

> Famílias tem de deixar assentamento Milton Santos

Os representantes do Fórum, formado por sindicatos e entidades do campo e cidade, acreditam que o melhor caminho para resolução do conflito é o diálogo e já estão em contato com o governo federal buscando mediação para impedir a retirada das famílias.

“O assentamento já tem investimentos do próprio Incra, como saneamento básico, habitação e energia. Além disso, as famílias não têm para onde ir. Por isso, esperamos a intervenção do governo federal”, afirma Adi dos Santos Lima, presidente da CUT São Paulo, uma das entidades participantes do Fórum.

O Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) vem intensificando suas mobilizações e cobrando a presidenta Dilma Rousseff para que assine o decreto de desapropriação da área. Na terça 15, o MST ocupou a superintendência regional do Incra em São Paulo em protesto contra o despejo iminente. O prazo para desocupação do assentamento termina no dia 24 de janeiro.

“O que mais chama a atenção é que o governo do Estado de São Paulo nada faz para proteger aquelas famílias que mais necessitam de terra para produzir e sobreviver. E a Justiça é fria, não tem compromisso social com a questão agrária”, lamenta o presidente da CUT São Paulo.


Flaviana Serafim, da CUT/SP, com edição da Redação - 16/1/2013

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