São Paulo – Desde o fim do ano passado o Sindicato questiona o Banco do Brasil sobre uma possível mudança de local de trabalho de unidades como CSO, CSI e CSA para a região da Lapa. Serão cerca de 2 mil trabalhadores a menos no centro da cidade.
A mudança não foi negociada e não agrada ninguém. Além dos bancários, a medida deve trazer graves prejuízos ao comércio da região central. “Serão 2 mil trabalhadores e trabalhadoras deixando de tomar café da manhã, almoçar, comprar e utilizar os serviços das academias, cabeleireiros, manicures da região. Sem falar na questão da mobilidade urbana, já que a região central conta com número maior de linhas de metrôs e ônibus, prejudicando a vida de milhares de famílias de bons funcionários”, informa um cartão (imagem ao lado) que será distribuído aos comerciantes do Centro, para que possam protestar junto à direção do banco.
Contaminação – A mudança tem mais um agravante. O terreno do imóvel para onde vão os bancários sofreu contaminação por metais, solventes halogenados e PCVs, de quando abrigava instalações industriais da Siemens. Segundo dados da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), há restrição para uso da água subterrânea, mas não do solo e das edificações. O Sindicato está em contato com o órgão estadual para discutir a questão.
“O BB tem prédios próprios na região central da cidade, onde os empregados já trabalham e alugar um novo e caríssimo imóvel é mal uso do dinheiro público, que poderia ser destinado para alavancar operações de crédito que ajudem o comércio e a indústria e aumentar os empregos”, ressalta do diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi. “Contamos com os comerciantes do Centro nessa campanha que tem por objetivo manter os bancários onde há plenas condições de trabalho, transporte e segurança: no centro da cidade.”
Cláudia Motta - 25/3/2013
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Sindicato lança campanha junto a comerciantes em protesto contra banco que quer transferir cerca de 2 mil funcionários para a Lapa
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