São Paulo – Averiguar as dificuldades e propôr soluções para viabilizar o ingresso de número cada vez maior nas empresas. Esse é o objetivo da Câmara Paulista criada pela Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (SRTE) para a Inclusão da Pessoa com Deficiência (PCDs) no mercado de trabalho.
O fórum reuniu-se na terça-feira 14 para dar sequência à série de debates realizados desde sua fundação, em 2011. O Sindicato, presente aos encontros como observador, agora é um dos integrantes da Câmara.
“Nessas reuniões reforçamos os problemas enfrentados pelos bancários com deficiência. Embora seja o setor que mais lucra no país, os bancos ainda devem muito. Há móveis e equipamentos inadequados a esses trabalhadores com dificuldade de acessibilidade. Devem também oportunidades de ascenção profissional”, afirma a secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares, que participa dos encontros.
Segundo a dirigente sindical, um dos principais temas discutidos na Câmara foi o Projeto de Lei 112/2006, do senador José Sarney (PMDB-AP), que altera a Lei das Cotas ao reduzir o número obrigatório de contratações de pessoas com deficiência dos atuais 5% para 3% do total do quadro de funcionários. “Ficou claro que será necessária mobilização conjunta para evitar que as pessoas com deficiência sejam prejudicadas caso o PL de Sarney seja aprovado”, afirma Marta.
Desafios – Marta destaca ser necessário que as empresas se prepararem para receber o PCD. “É imprescindível oferecer a esses trabalhadores oportunidade de qualificação e o próprio ambiente de trabalho deve estar adequado em termos de piso, iluminação e equipamentos adaptados às necessidades profissionais dessas pessoas”, afirma, acrescentando que a participação do Sindicato nesses debates é fruto da atuação do deputado estadual, Luiz Cláudio Marcolino (PT), ex-presidente do Sindicato.
Também estiveram da reunião representantes do Ministério do Trabalho e Emprego, da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, de outras entidades sindicais e da sociedade civil.
Jair - 15/5/2013
