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Agora, HSBC fala em 14 mil cortes no mundo

Linha fina
Anteriormente banco havia dito que fecharia 6 mil vagas; bancários reunidos no Encontro Nacional dos Funcionários, em Curitiba, organizam a reação
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São Paulo - A cada anúncio do HSBC, fica cada vez mais patente a estratégia para aumentar lucros. Nesta quarta-feira 15, a instituição informou que cortará cerca de 14 mil empregos no mundo como parte do esforço para economizar até US$ 3 bilhões e aumentar os dividendos para os acionistas. Alguns dias antes, o banco já havia dito que cortaria 6 mil postos de trabalho.

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A estratégia atual do banco está entrando na segunda fase de uma grande transformação em suas operações iniciada em 2011 e envolvendo o corte de cerca de 46 mil empregos e a saída de mais de 50 negócios. O novo plano de três anos ocorrerá de 2014 a 2016 e reduzirá o número de funcionários de 254 mil para cerca de 240 mil.

A diretora do sindicato Liliane Fiuza, presente ao Encontro Nacional dos Funcionários do HSBC em Curitiba, afirma que o movimento sindical não vai ficar calado diante do anúncio de demissões. "O banco, em nome de uma política de redução de custos, simplesmente ignora, sem nenhuma responsabilidade com o Brasil e seus trabalhadores, o lucro que vem alcançando aqui nos últimos anos. Estamos nos organizando para exigir melhores condições de trabalho, e ele nos responde com mais demissões para aumentar seu lucro", diz.

Organização – Cerca de 100 dirigentes sindicais estão em Curitiba para o encontro Encontro Nacional dos Funcionários do HSBC, que começou na quarta-feira 15 e vai até sexta-feira 17, quando será definida em plenária geral a pauta específica de reivindicações dos trabalhadores e do plano de mobilização.

Na abertura, no Espaço Cultural e Esportivo do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, os participantes ressaltaram a importância da unidade nacional e de se repensar a mobilização. Nos dois dias seguintes, haverá exposições sobre a organização e ameaças do projeto de terceirização no Congresso Nacional e grupos de trabalho sobre três grandes temas: emprego; remuneração; e saúde e condições de trabalho.

Os dirigentes também analisaram a conjuntura nacional, denunciaram as fraudes e ilegalidades cometidas pelo banco no mundo, criticaram a proliferação de correspondentes bancários e a precarização do atendimento aos clientes, alertaram para as ameaças do projeto de lei (PL) 4330 de terceirização, enfatizaram os problemas enfrentados pelos trabalhadores do banco, como as demissões, a rotatividade, o corte de empregos, as mudanças unilaterais no plano de saúde e a piora das condições de trabalho, sobretudo, diante das metas abusivas, do assédio moral e do adoecimento de funcionários.


Redação, com informações do Seeb-Curitiba – 16/05/2013

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