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Reestruturações ameaçam bancários do BB

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Funcionários das Gerats não têm garantias de direitos e salários por causa de reorganização setorial; ameaças de descomissionamento ainda rondam quem não aderiu ao plano de funções
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São Paulo – A reestruturação da diretoria, anunciada em 1º de julho pelo Banco do Brasil, está preocupando os funcionários das três Gerências Regionais de Reestruturação de Ativos Operacionais (Gerat), lotados em São Paulo. A insegurança está relacionada com a não garantia da manutenção dos direitos e salários.

O Sindicato realizou reunião com os trabalhadores do setor nesta sexta 5 para organizar as reivindicações que serão entregues ao banco. A entidade vai marcar nos próximos dias reuniões com a superintendência regional e com a gestão de pessoas do banco e com as demais Gerats. A Comissão de Empresa também vai cobrar reunião com o BB para discutir a questão em âmbito nacional.

“Graças aos funcionários, temos dados para discutir com o banco e cobrar que todos os comissionados de São Paulo sejam mantidos em suas funções e que os escriturários possam ser aproveitados nas novas funções”, diz Ernesto Izumi, diretor executivo do Sindicato.

De acordo com as informações obtidas pelo Sindicato por meio dos funcionários, a reestruturação prevê fechamento de unidades em outras regiões do país. O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários William Mendes explica que a reestruturação foi imposta pelo banco e a Comissão de Empresa foi apenas notificada, sem negociação ou abertura de informações.

“A medida do BB visa reduzir os gastos com a folha de pagamento e vai trazer grandes problemas para funcionários de cidades onde unidades serão fechadas. Por isso vamos buscar negociação sobre o assunto com o banco”, afirma William.

Ameaças – Outro problema na reestruturação é a pressão do banco para os funcionários aderirem à jornada de seis horas com redução salarial. De acordo com o dirigente Ernesto Izumi, o banco está ameaçando com descomissionamento quem não aderir.

“Contestamos a medida abusiva com ação trabalhista em maio, buscando impedir a redução de salários para os que foram forçados a reduzir sua jornada e também para aqueles que tenham pelo menos 10 anos de função comissionada”, explica o dirigente, acrescentando que o tribunal ainda não se posicionou com relação ao pedido de tutela antecipada do Sindicato. “Vamos divulgar assim que tivermos novidades.”


Rodolfo Wrolli – 5/7/2013

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