São Paulo – Não é só almoçar fora que ficou mais caro. Comer em casa também está custando mais. E o aumento foi ainda maior do que gastos com alimentação em bares e restaurantes. De acordo com o IPCA, enquanto comer na rua ficou 10,71% mais caro com relação ao ano passado, preparar refeições em casa está custando 12,53% mais do que em 2012.
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Os bancários estão sentindo o drama. Na consulta realizada pelo Sindicato com nove mil trabalhadores de bancos, no mês de junho, 82% responderam que o aumento nos valores dos vales refeição e alimentação deveria ser prioridade da Campanha Nacional Unificada 2013.
Os bancários denunciam que o valor de R$ 367 do auxílio-alimentação fornecido pelos bancos é insuficiente para cobrir os gastos mensais com supermercado. O bancário Adriano conta que sempre precisa complementar do bolso. “Uma comprinha simples custa no mínimo R$ 120. Teria que juntar dois vales alimentação pra fazer uma compra decente. Para sustentar uma família com esse valor é impossível”, afirma.
A categoria reivindica vale-alimentação de R$ 678 ao mês (valor de um salário mínimo).
Conquista suada – Os vales alimentação e refeição foram conquistados no início da década de 1990, quando o país sofria com a inflação e a recessão econômica, e o fantasma das privatizações e do desemprego assombravam os bancários.
Em massa, a categoria se mobilizou em manifestações e protestos cheios de bom humor e criatividade. O resultado, entre outras conquistas, foram os tíquetes refeição e alimentação.
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Rodolfo Wrolli - 17/9/2013
Linha fina
Gastos para compras de supermercado subiram mais do que alta de preços nos restaurantes
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