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Bancários iniciam greve nesta quinta-feira

Linha fina
Categoria rejeita proposta de reajuste de 6,1% e descaso com questões primordiais como o fim da pressão por metas, mais empregos, segurança e condições de trabalho. Assembleia dia 18 organiza o movimento
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São Paulo - Os bancários vão parar! A partir da quinta-feira 19, trabalhadores de bancos públicos e privados entram em greve. A decisão saiu de assembleia realizada no dia 12, que rejeitou proposta dos bancos de reajuste sem aumento real para salários, piso, verbas e PLR. Somente na en quete veiculada pelo site do Sindicato, quase 5 mil trabalhadores já manifestaram sua contrariedade com o índice de 6,1% apresentado pela federação dos bancos (Fenaban).

“A proposta definida pela Fenaban como ‘final’ levou a categoria à greve. E a mobilização será grande: após um mês de negociação, vir à mesa apresentar um reajuste sem aumento real e sem qualquer avanço para questões fundamentais para os bancários – como fim da pressão por metas, melhores condições de trabalho, mais empregos e segurança – revoltou os trabalhadores”, ressalta Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.

> Relembre todas as negociações

A dirigente lembra uma série de dados mostrados durante as quatro rodadas de negociação: lucro que bate a casa dos R$ 30 bi em um semestre; tarifas que cobrem toda a folha de pagamento das instituições financeiras, com sobras; executivos e acionistas ganhando cada vez mais. Tudo isso num cenário em que os bancários estão pressionados ao extremo. “Cada trabalhador vê crescer ano a ano a riqueza que gera para o banco, mas na hora do devido reconhecimento, a Fenaban vem com uma proposta ruim, sem aumento real e que não leva em consideração o alto grau de adoecimento da categoria. Agora vamos parar, fazer uma grande greve para cobrar o respeito que os bancos devem aos seus funcionários.”

Denuncie – Esse desrespeito dos bancos, instalado na rotina da categoria, faz-se ainda mais presente na Campanha Nacional Unificada. Ainda durante as rodadas de negociação, alguns bancos davam mostras da falta de seriedade na mesa determinando que seus funcionários batessem metas antecipadas, numa clara aposta de que haveria greve.

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Agora, com a data marcada, pressionam pela entrada em horários diferenciados (muitas vezes ainda de madrugada) ou transferência dos trabalhadores para pontos de contingência para tentar furar o movimento.

“A greve é um direito constitucional que deve ser respeitado”, ressalta Juvandia. “Os trabalhadores devem denunciar ao Sindicato todo tipo de pressão, assim como os contingenciamentos.”

A dirigente lembra, ainda, outra ilegalidade: “Há bancos dando notebooks aos empregados, para que trabalhem de casa. Lembramos que isso fere o acordo de registro de ponto, firmado entre Sindicato e instituições financeiras. Para trabalhar, o bancário tem de registrar o ponto na unidade do banco, isso não pode ser feito de casa”.

Boataria - Cuidado com a central de boataria! Informação confiável é no Sindicato, seja na Folha Bancária, no site, Twitter ou Facebook da entidade, ou junto às regionais.

Assembleia - Para organizar a greve, os bancários voltam a se reunir em assembleia, na quarta-feira 18. Será na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé), a partir das 19h. Haverá credenciamento e os trabalhadores devem apresentar crachá do banco ou holerite e documento com foto.

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Redação - 17/9/2013

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