São Paulo- O CAT do Itaú está paralisado desde as 5h desta quarta-feira 25, sétimo dia de greve. Já nas primeiras horas do dia, os 5,2 mil trabalhadores do prédio, que abriga o call center do banco, ocuparam as calçadas da Rua Ururaí, no Tatuapé, zona leste da capital.
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Houve denúncia de dois contingenciamentos: um na empresa TSA, na Vila Guilherme, e outro em um prédio na Rua do Hipódromo, próximo à estação Bresser do Metrô.
"Muitos desses prédios onde há contingenciamentos não têm estrutura para trabalhar. Em vez de gastar com aluguel, os bancos deveriam investir em uma proposta decente. Os Correios e os metalúrgicos acabaram de sair de suas campanhas com aumento real. Não é possível que um setor tão lucrativo como os bancos não apresente uma proposta decente", afirmou a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
Inviável - Para um bancário do CAT, a proposta da Fenaban é "inviável". "O salário de hoje nos traz muitas dificuldades, principalmente para os colegas que têm filhos. O salário baixo nos faz ter que cumprir muito mais metas", afirmou.
Como se não bastassem as metas e a pressão, ele revela que há uma ordem dos gestores para transparecer aos clientes a idéia de que tudo ocorre normalmente no banco. "O banco nos orienta a ter 'brilho nos olhos e sorriso na voz', para não transparecer toda essa pressão aos correntistas. Brilho nos olhos só se for de lágrimas", conclui.
Uma securitária afirmou que, apesar de não ser da categoria, apoia a paralisação. "Acho justa a greve. Nós securitários temos problemas muito parecidos aos dos bancários, como a pressão por metas", revelou.
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Renato Godoy - 25/9/2013
Linha fina
Concentração do banco no bairro do Tatuapé conta com 5,2 mil trabalhadores
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