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HSBC nega processo de demissão em massa

Linha fina
Em reunião, banco também contestou informações sobre fechamento de agências no Brasil; foi discutido ainda acordo aditivo e PPR 2014
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São Paulo – O HSBC afirmou que os ajustes efetuados nos quadros do banco não causarão processo de demissão em massa. O anúncio foi feito na noite de quinta-feira 19, em reunião com o movimento sindical. Houve também debates sobre o acordo aditivo à convenção coletiva dos bancários e o programa próprio de participação nos resultados em 2014, o PPR.

A dirigente sindical Liliane Fiuza orienta os funcionários para que não descumpram os normativos da empresa. “O banco está usando qualquer justificativa para demitir por justa causa”, explica.

Reestruturação – Por conta de uma série de mudanças adotadas pelo banco, os dirigentes sindicais questionaram o projeto para a área de atendimento da rede de agências. Os representantes dos bancários receiam uma grande reestruturação na forma de atuação do banco em curto prazo, devido a uma série de medidas já em andamento, como a abertura de agências de negócios, a centralização das carteiras PJ em plataformas retirando-as das agências, o fechamento de agências e o aumento das demissões. Além da situação crítica da falta de funcionários em toda rede de atendimento.

O banco afirmou que pretende aprofundar no Brasil o perfil de atuação que o caracteriza em todo mundo, estratégia baseada em clientes investidores e de renda mais elevada.

No entanto, de acordo com o responsável pela Área de Atendimento das agências do HSBC, Aydes Júnior, isso não representa ameaça à atuação do banco no setor de varejo. “Ao contrário, o banco precisa dessa atuação para captação e sustentar o modelo de negócio. Desta forma, não está nos planos o fechamento de agências, como medida de redução de custos”, garantiu.

As novas agências de negócios previstas para serem inauguradas são sete, dentre elas Santos Dumont e Cinelândia, no Rio de Janeiro, Cuiabá (centro), Campinas (centro) e São José do Rio Preto (centro). Nessas agências não haverá caixa para atendimento ou movimentação financeira, mas apenas negócios.

De julho de 2012 a julho de 2013, o banco abriu apenas uma agência em todo o país.

Demissões – Questionado sobre o recente aumento das demissões, o banco alegou que houve uma estabilização das dispensas no período da Campanha Nacional 2013 e que estão na mesma marca dos demais anos. O banco revelou que pretende fazer contratações no próximo período, projetando cerca de 80 admissões e alguns temporários para atender as demandas do tempo de férias em algumas regiões do país.

De julho de 2012 a julho de 2013, o HSBC cortou 724 postos de trabalho.

Cobrado em relação aos gerentes PJ, o banco explicou que o trabalho deles continuará da mesma forma e que somente não submeterá as suas rotinas ao gerente titular da agência e sim à plataforma a que estiver vinculado.

PPR 2014 – Com relação ao PPR, os integrantes do movimento sindical levantaram dúvidas quanto a possível falta de recursos para o programa e a indefinição sobre quanto receberá cada funcionário que atingir suas metas das áreas de vendas, de cobrança e de empresas.

O representante da área de remuneração do banco confirmou a dificuldade de definir o valor final que caberá a cada um que cumprir as suas metas, que passarão a ser exigidas por família de produtos e não mais pela cobrança de venda de um único produto ou campanha como ocorre hoje, por causa do componente discricionário da avaliação comportamental no cumprimento da meta.

Acordo aditivo – O HSBC informou que está em análise no Departamento Jurídico o encaminhamento do acordo aditivo com a inclusão dos direitos conquistados dos funcionários do HSBC via negociação coletiva. O movimento sindical reivindicou que alguns itens sejam incluídos no acordo, como o plano de previdência complementar, uso da treinet somente dentro da jornada de trabalho para os cursos de qualificação e a criação da Comissão Paritária de Saúde, que já houve a aceitação, mas ainda não foi implantada.

Cobrados pela renovação do acordo coletivo do ponto eletrônico, os dirigentes sindicais disseram estar aguardando o desfecho das negociações do acordo aditivo para ser dado o encaminhamento conjunto para as assembleias dos sindicatos acerca dos dois pontos. O banco ficou de enviar uma resposta em breve.

"Nós esperamos que as informações que o banco nos prestou na reunião sejam de fato cumpridas, e o movimento sindical estará atento e cobrará do HSBC para que isso ocorra", afirma Liliane.

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Redação, com informações da Contraf-CUT - 20/12/13

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