Pular para o conteúdo principal

Medo acomete funcionários do CAM

Linha fina
Bancários são alvos de assaltos constantemente; centro administrativo do HSBC sofreu grande roubo no começo do ano. Sindicato cobra vigilância
Imagem Destaque

São Paulo – A violência e o medo fazem parte da rotina dos funcionários do HSBC lotados no CAM (Centro Administrativo Morumbi). Os relatos de assaltos são inúmeros. A concentração fica em uma região cercada de edifícios comerciais de alto padrão.

“Eu não me sinto seguro trabalhando aqui. Boa parte dos meus colegas já foi roubada, alguns sofreram sequestro relâmpago. Quando saio do escritório para ir até o carro, evito falar no celular, escondo o crachá do banco”, diz um funcionário que trabalha no local há dois anos e meio.

Outra bancária conta que só existe segurança privada no interior do prédio, que sedia outras empresas além do HSBC. “Uma vez tentaram levar meu carro em uma rua paralela logo pela manhã. Por algum motivo não conseguiram, mas a porta estava arrombada. Em três anos trabalhando aqui, vários colegas meus foram assaltados”, conta.

No começo do ano, o próprio prédio foi alvo de um roubo.  Na madrugada do dia 12, um grupo com aproximadamente 15 pessoas invadiu e assaltou o local.  O alvo, segundo a Polícia Civil, foi justamente o HSBC, que além de setores administrativos, possui uma agência no edifício. Vigias e um bombeiro foram feitos reféns, enquanto um cofre e um caixa eletrônico foram arrombados pela quadrilha.

Em nota, o HSBC informou que “confirma o assalto ao seu centro administrativo e que está colaborando com as autoridades”. A entidade, no entanto, não divulgou o prejuízo decorrente do assalto.

“Tudo isso mostra que o HSBC está deixando a segurança em segundo plano”, afirma a dirigente sindical Liliane Fiuza. “O banco já foi comunicado pelo Sindicato sobre esses fatos, mas não tomou nenhuma providência, não oferece segurança para seus trabalhadores e não se importa com suas vidas. Diz apenas que é problema de segurança pública. Mas nós vamos continuar cobrando mais vigilância privada até que o banco atenda nossas reivindicações”, ressalta a dirigente.


Rodolfo Wrolli – 22/1/2014

seja socio

Exibindo 1 - 1 de 1