São Paulo – Depois da madrugada mais quente para o mês de fevereiro em 16 anos, os bancários não aguentaram o desrespeito do Itaú e cruzaram os braços na manhã da terça 4. Para reivindicar solução para os aparelhos de ar-condicionado quebrados, o Sindicato paralisou duas agências na capital paulista, quando os termômetros marcaram 32 graus de dia.
As interdições ocorreram em unidades da Alameda Nothmann e do Largo Santa Cecília, área central da cidade. Os aparelhos estão quebrados desde janeiro e representantes do Sindicato reivindicaram solução ao banco, mas não houve resposta até as paralisações.
Dois desmaios – O dirigente sindical Antônio Alves de Souza, o Toninho, informou ao Itaú, pela manhã, que, sem solução, representantes do Sindicato iriam parar as agências, que permaneceram com as portas fechadas o dia todo.
Os clientes apoiaram a iniciativa e criticaram o descaso do banco. “Na Nothmann, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado duas vezes na segunda-feira 3, para socorrer idosos que passaram mal por causa do calor”, conta. Em ambas, “quando o Sindicato chegou, os bancários ficaram aliviados porque o ambiente das agências, sem climatização, é totalmente insalubre”, relata Toninho.
A ação faz parte de uma força-tarefa para denunciar as más condições de trabalho e o desrespeito dos bancos com seus trabalhadores.
Por volta das 13h30, técnicos especialistas em ar-condicionado chegaram para consertar os aparelhos na Alameda Nothmann.
Na agência do Largo Santa Cecília, nenhum técnico apareceu e o Itaú não se pronunciou até o fim do expediente.
“Caso não seja resolvido o problema, fecharemos novamente a agência da Nothmann. Quanto à do Largo Santa Cecília, vamos paralisar de novo”, afirma Toninho.
Mariana de Castro Alves – 4/2/2014
Linha fina
Samu foi chamado duas vezes por desmaios de clientes. Sem ar-condicionado, trabalhadores cruzam os braços em agências do Centro
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