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Assinado acordo pró-equidade de gênero e raça

Linha fina
Ao todo, 83 organizações, públicas e privadas, referendaram documento em prol da igualdade de direitos entre mulheres e homens
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São Paulo - A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República, Eleonora Menicucci, assinou na terça 18 o termo de compromisso da quinta edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Ocasião em que 83 organizações, públicas e privadas, referendaram o acordo em prol da igualdade de direitos entre mulheres e homens na empresa e, consequentemente, na sociedade.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostram que, apesar de as mulheres serem 51,04% da população brasileira, representam apenas 42% das pessoas empregadas. Nesta edição, o programa vai atingir ao todo 1 milhão de trabalhadores.

Segundo Tatau Godinho, secretária de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres da SPM, foram propostas oito áreas de desenvolvimento de ações para que as empresas escolham uma para atuar, tais como políticas de igualdade e ação afirmativa, de promoção das mulheres aos cargos de direção, cuidado de benefícios, de melhorias da política de creches, de apoio às mulheres no período de amamentação e de capacitação técnica e operacional.

"Queremos construir um paradigma de relações de trabalho em que a igualdade entre mulheres e homens seja um princípio que não pode ser esquecido em nenhuma das áreas", de acordo com Tatau. Segundo ela, a SPM vai acompanhar o desenvolvimento dos projetos e, ao final do biênio 2014/2015, dará um selo de qualidade às empresas que cumprirem pelo menos 70% das metas.

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) aderiu à atual edição do programa, tanto para operacionalização interna quanto para veicular as ações de promoção de igualdade de gênero e de raça. “O maior desafio, não só para a EBC, mas para todas as empresas, é a criação de uma cultura em que você não precise discutir programas como esse para que as coisas aconteçam; [mas que] elas já estejam internalizadas nas pessoas. Adotar uma nova cultura é como aprender uma nova língua", ressaltou o presidente da EBC, Nelson Breve.

A ministra da SPM, Eleonora Menicucci, pediu que as empresas estimulem outras empresas na adesão ao programa que, segundo ela, "é referência internacional".

“Não podemos conviver com a possibilidade de ainda termos assédio sexual dentro de empresas; sejam pequenas, médias ou grandes. Não tenho dúvida que esta quinta edição do programa demonstra claramente que nós estamos certas, neste caminho do programa”, avaliou Menicucci.


Aline Valcarenghi, da Agência Brasil - 19/3/2014

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