São Paulo – O HSBC vai fechar 20 agências em todo o Brasil até o final de abril. A extinção das unidades envolve um total de 142 bancários. Após cobrança do movimento sindical, o banco informou que 70% deles serão realocados para outras unidades ou concentrações. E se comprometeu a analisar caso a caso para promover a recolocação dos demais funcionários.
O anúncio foi feito em reunião com dirigentes sindicais na terça-feira 15. A justificativa apresentada pelo banco para a redução do número de unidades é a mudança de foco no relacionamento com os clientes, que agora consiste em oferecer a eles apenas produtos necessários.
Para o dirigente sindical Sérgio Siqueira, que participou da reunião, a nova mentalidade ainda não foi implantada, levando-se em conta as inúmeras denúncias de pressão e assédio para o cumprimento de metas abusivas.
“Lamentavelmente o que vem acontecendo, além do fechamento de agências e demissões, é o aumento do assédio moral de gestores aos seus funcionários, que são pressionados pelos gerentes regionais e superiores.”
Sérgio ressalta ainda a falta de ferramentas necessárias para que os trabalhadores se adequem à nova orientação. “Os bancários trabalham com um sistema operacional que cai constantemente, além da falta de autonomia de gerentes para liberação de crédito em relação à concorrência, só pra citar alguns.”
O movimento sindical reforçou sua posição contrária ao fechamento de agências e principalmente às demissões. “O diretor de Recursos Humanos do banco, Juliano Ribeiro Marcilio, afirmou que sua meta é que os funcionários tenham motivação e orgulho de trabalhar na empresa. Mas o que se vê no banco inglês é angústia, desmotivação, falta de perspectivas e adoecimento”, critica Sérgio.
INSS – Dentre as unidades que serão fechadas está a agência do HSBC que mais paga benefícios do INSS em todo o país, localizada em Carapicuíba. É a única do banco na cidade de quase 400 mil habitantes.
“Com essa atitude o HSBC presta um desserviço para o país e para os brasileiros mais necessitados. O Sindicato vai continuar cobrando a garantia do emprego e principalmente respeito aos trabalhadores e ao Brasil”, afirma o dirigente Sérgio Siqueira.
Rodolfo Wrolli – 16/4/2014
