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HSBC anuncia mudanças aos funcionários

Linha fina
Executivo do banco britânico vem ao Brasil explicar alteração de conduta na oferta de produtos aos clientes; Sindicato espera que novidade diminua cobrança por metas e assédio moral
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São Paulo – O diretor-executivo global de varejo e gestão de patrimônio do HSBC, John Flint, está em São Paulo para informar aos funcionários da instituição o fim do sistema de incentivo às vendas de produtos bancários por meio de comissões pagas a gerentes.

A ordem é ofertar aos clientes apenas produtos que se enquadrem em suas necessidades e perfil, mesmo que isso represente vendas menores.

Para a diretora do Sindicato Liliane Fiuza a mudança será benéfica aos funcionários, desde que represente a diminuição das metas e do assédio moral. No entanto, ela ressalta que as alterações ainda não foram sentidas por muitos trabalhadores, que continuam com metas inatingíveis mesmo neste novo formato.

“Muitos bancários continuam se queixando por causa das metas abusivas e do assédio moral pelo cumprimento de resultados. Vamos acompanhar as mudanças e fiscalizar para que não prejudiquem os trabalhadores”, afirma Liliane.

A área de varejo do HSBC sofre mudanças no Brasil desde 2011, quando o banco determinou a interrupção de crédito para não-correntistas, acabando com o financiamento de veículo e o empréstimo consignado para esse público.

A partir de 2013, o banco iniciou a extinção da remuneração variável baseada no volume e no tipo de produtos vendidos. Na área de gestão de patrimônio, as mudanças começaram em janeiro do ano passado, e este ano passaram a ser implementadas no varejo.

A remuneração variável continuará a ser paga, mas agora é baseada em condições como qualidade no atendimento. O HSBC, no entanto, ainda não informou sobre os valores a serem pagos.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Flint afirmou que os bancários não receberão menos: “O objetivo não é pagar menos às pessoas, e sim pagar de um jeito diferente, não apenas pela venda de produtos, mas por colocarem os clientes em primeiro lugar.”


Redação, com informações do Valor Econômico – 16/5/2014

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