São Paulo – Um bancário trabalhador do DCO, Departamento de Controle Operacional da Cidade de Deus do Bradesco, teve um princípio de AVC (acidente vascular cerebral) e o socorro veio cerca de 45 minutos depois, na segunda-feira, 4 de agosto.
De acordo com testemunhas, a médica contratada pelo banco, instalada no mesmo prédio, demorou aproximadamente 15 minutos para atender o trabalhador. Só depois teria sido acionada a ambulância que ainda levou mais ou menos 30 minutos para chegar à concentração.
Segundo informações de cipeiros, o bancário está internado em um hospital na cidade de Osasco, recuperando os movimentos.
Reivindicação – “Há anos a gente vem pedindo para que haja ambulância fixa porque na Cidade de Deus são mais de 10 mil funcionários. Mas o banco se nega a atender essa reivindicação. Se tivesse ambulância fixa e um ambulatório médico adequado, com certeza, o atendimento seria mais rápido”, afirma o diretor do Sindicato Rubens Blanes. “Nesse caso, houve como salvar, mas poderia ser pior.”
O Bradesco mantém convênio com ambulâncias de um hospital da região, que são chamadas conforme a necessidade. “Mas, para ser mais rápido, já aconteceu de carros da segurança, táxis e automóveis dos próprios bancários serem usados para transportar os trabalhadores que passam mal”, lembra o dirigente. “E há práticas esportivas, como futebol, tênis, corrida, piscina, na Cidade de Deus. É preciso ambulância fixa e ambulatório todos os dias e em todos os horários para os bancários”, reforça.
O Sindicato é parte em uma ação, em tramitação na Justiça do Trabalho, que pode determinar judicialmente que o banco disponibilize ambulâncias fixas no local. Uma audiência está marcada para dezembro de 2014. “Enquanto isso, continuamos a reivindicar que o Bradesco dê mais atenção à saúde do trabalhador”, completa Blanes.
Mariana Castro Alves – 6/8/2014
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Bancário acometido por princípio de acidente vascular cerebral na matriz do Bradesco leva quase uma hora a espera de ambulância
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