São Paulo – Duas atividades coletaram juntas mais de 700 assinaturas de correntistas, no Brás e em Santo Amaro, em apoio à reivindicação dos trabalhadores do Banco do Brasil por mais contratação. Na sexta 8, em agência localizada no Largo da Concórdia, foram 320 apoios, das 10h às 14h. Em unidade do Largo 13, foram mais de 400 só na parte da manhã. A coleta de assinaturas também ocorreu no Centro Velho da capital, na quarta 6.
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“A Campanha Nacional 2014 está começando e uma das principais reivindicações dos trabalhadores do Banco do Brasil é por mais funcionários e a decorrente melhora nas condições de trabalho e no atendimento à população”, explica o dirigente sindical Willame Lavor.
Para ele, o Banco do Brasil tem de aumentar seu quadro com qualificação necessária para atender bem. “É preciso que o banco, que é público, tenha o foco no usuário e não só nos resultados, nos lucros. É preciso mais contratação para que as filas diminuam e os trabalhadores possam apresentar os produtos com ética, sem serem pressionados por metas abusivas”, diz o dirigente.
“Qualquer culpa por problemas enfrentados pelos correntistas não é do trabalhador, mas sim da instituição”, destaca Willame Lavor
Para a diretora do Sindicato Fernanda Lopes, a falta de funcionários faz os bancários adoecerem por conta das más condições de trabalho. “Já o cliente enfrenta demora, que é maior quanto mais periférica é a agência.” Segundo a dirigente, às 10h da manhã já havia cerca de 40 pessoas em fila para apenas quatro caixas, na unidade de Santo Amaro.
Na agência do Brás, a espera para o atendimento era de até 40 minutos, de acordo com Willame.
Dados – A sobrecarga no BB é comprovada pelos números. A instituição reduziu 1.492 postos de trabalho em 12 meses (relativos a aposentadorias ou a desligamentos sem reposição), conforme dados de 31 de março, quando o total de funcionários era de 112.173. Comparando com o ano anterior, o número de contas correntes por bancário passou de 425 para 444.
“A sensibilização dos correntistas já ocorreu outras vezes e faz parte da nossa jornada. Com a Campanha Nacional 2014, a luta ganha força. Vamos juntar todas as assinaturas e encaminhar ao banco para mostrar que mais contratação interessa a todos”, afirma Willame.
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Mariana Castro Alves – 8/8/2014
