São Paulo - Igualdade de oportunidades entre gêneros e raças, trabalho decente, violência doméstica e sexual e exploração do trabalho infantil foram alguns dos temas tratados pela Rede UNI Mulheres Brasil, seção brasileira da UNI Sindicato Global, em reunião na terça 26 realizada na sede da Contracs - CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços), em São Paulo.
O Sindicato – que participa da organização junto com a Contraf -CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) – estava representado no encontro. De acordo com a dirigente Érica Monteiro de Godoy (foto abaixo), além de debater temas que, de alguma forma, tocam a questão da mulher na sociedade, a reunião preparou a proposta a ser levada para a 4ª Conferência Mundial das Mulheres, a ser realizada na cidade do Cabo, na África do Sul, em dezembro de 2014.
“O encontro mundial objetiva discutir e socializar ações políticas e, no que toca à mulher, uma das propostas que apresentaremos é que os participantes levem para seus países a luta pela criação de leis que combatam a violência de gênero, como a Maria da Penha, implantada com sucesso no Brasil”, explica a dirigente.
A Lei Maria da Penha, instituída em 2006, já resultou em aumento do número de denúncias e punições em casos de violência doméstica, além de ampliação de serviços de proteção, como delegacias especializadas em atendimento à mulher.
“É evidente que a violência doméstica não acabou e lutamos cotidianamente contra ela. Mas, temos um instrumento em lei, algo considerado mais avançado que em muitos outros países. Levaremos adiante o êxito da Maria da Penha que estabelece que todo o caso de violência doméstica e intrafamiliar deve ser considerado crime”, afirma a dirigente.
As reuniões da UNI Mulheres Brasil são periódicas, geralmente trimestrais, mas se tornam agora mais frequentes com a preparação para a 4ª Conferência Mundial das Mulheres.
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> Página oficial sobre o encontro na África do Sul
Mariana Castro Alves – 28/8/2014
Linha fina
Rede composta por dirigentes sindicais do setor de serviços de diferentes centrais brasileiras levará proposta de combate à violência de gênero em âmbito global
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