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Plebiscito da reforma política ganha adeptos

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Lideranças de partidos de esquerda se comprometem com a causa que pretende pressionar o Congresso a convocar Constituinte para votar mudanças no sistema eleitoral
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São Paulo – O plebiscito popular pela reforma política entrou no seu quarto dia com mais de 30 mil locais de votação em todo o país. A cada dia, mais lideranças políticas participam da causa, que pretende forçar o Congresso Nacional a convocar uma assembleia constituinte para votar mudanças no atual sistema.

Na quarta-feira 3, o ex-presidente Lula votou pelo “sim” em campanha na Bahia. A presidenta e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), além do candidato do PV à Presidência, Eduardo Jorge, também devem assinalar o “sim”. A candidata do PSOL, Luciana Genro, já registrou sua posição favorável à Constituinte.

> Dilma vota “sim” para reforma política

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A campanha organizada por mais de 400 entidades dos movimentos social e sindical segue até domingo, 7 de setembro, coletando votos. O objetivo é criar uma força social capaz de pressionar o Congresso Nacional pela convocação de uma Constituinte para discutir questões importantes como o financiamento privado de campanhas, a representatividade e os mecanismos de democracia direta.

> Vídeo: O que é o Plebiscito Constituinte?
> Dallari defende importância do Plebiscito

Parte do alto escalão da atual administração paulistana também aderiu ao plebiscito. Os secretários de Relações Governamentais, Paulo Frateschi, e de Direitos Humanos e Cidadania do município de São Paulo, Rogério Sotilli, votaram já na segunda-feira 1º.

> População vota “sim” à reforma política
> Fotos: galeria dos dias de votação

Proposta – A reforma no sistema político brasileiro foi sugerida pela presidenta Dilma Rousseff (PT) em cadeia nacional de rádio e televisão, durante as manifestações populares que ocuparam o Brasil em junho do ano passado. Mas a ideia foi sufocada por setores conservadores do Congresso Nacional e da mídia.

Diante dessa reação, os movimentos sociais decidiram, em plenária nacional em setembro de 2013, assumir a execução do plebiscito popular pela Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político.

Um dos principais eixos do movimento defende o fim do financiamento privado de campanha. Em 2012, as empresas doaram 95% dos recursos totais das campanhas eleitorais, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma campanha para deputado federal custou em média R$ 966 mil reais.

Essa realidade foi resumida pelo repórter Heródoto Barbeiro durante entrevista com o advogado, militante da Consulta Popular e membro da Coordenação Nacional da Campanha pelo Plebiscito, Ricardo Gebrim.

“Na verdade é um investimento o que elas [as empresas] fazem na campanha, não é um financiamento. [Ou seja], o que você vai me dar de volta?”, comentou o jornalista.

Gebrim explicou que o objetivo deste plebiscito é atingir no mínimo 10 milhões de participantes. “Esse debate pretende envolver toda a nação. A maioria dos parlamentares tem pouco interesse em alterar essas regras porque estas os beneficiam, especialmente [as regras] de financiamento [de campanha eleitoral] por empresas, que hoje determinam as eleições no Brasil”. A entrevista foi ao ar na segunda-feira 1º, no canal Record News.

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> Acesse o site do plebiscito


Rodolfo Wrolli, com informações da CUT – 4/9/2014

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