São Paulo – Em negociação concomitante com a Fenaban, o movimento sindical garantiu a renovação de diversas cláusulas pré-existentes no Acordo Coletivo Aditivo dos trabalhadores do Santander. O instrumento garante uma série de conquistas e é fruto da organização dos trabalhadores oriundos do Banespa à época da sua aquisição pelo banco espanhol, em 2000.
Dentre os direitos garantidos no texto estão a pausa de 15 minutos de descanso aos funcionários com jornada de seis horas, horário para amamentação, licença parental, agora estendida para os casais homoafetivos, além de fórum para discussão de questões de saúde e condições de trabalho, e licença não remunerada para acompanhamento de parentes à assistência médica.
Banco dará retorno – Na reunião seguinte, marcada para o dia 22, o banco dará retorno a reivindicações como auxílio filho com deficiência; bolsa de estudo para segunda graduação ou pós; isenção de coparticipação para os trabalhadores com doenças crônicas; isenção de tarifas para os trabalhadores da ativa e aposentados; auxílio academia; universalização da estabilidade pré-aposentadoria de dois anos aos bancários com mais de 25 anos de vínculo empregatício (homens) e 21 anos (mulheres).
Ainda falta debater – Na mesma reunião ainda serão discutidas cláusulas como abono indenização para aposentadoria; procedimento de auditoria externa e interna; garantia da PLR aos afastados; PPRS; abono indenizatório aos aposentados (pagamento de um salário aos funcionários que se aposentarem); pijama; manutenção da assistência médica aos aposentados; igualdade de oportunidade para todos; condições de trabalho; licença não remunerada para fins de estudo e outras.
“É fundamental que os trabalhadores acompanhem as negociações por meio dos canais de informação do Sindicato, e se mantenham organizados e mobilizados, para que a gente consiga não só a renovação do acordo como a conquista de novos direitos”, salienta a secretária de Finanças do Sindicato e coordenadora na mesa de negociação, Rita Berlofa.
Avaliação médica – No começo do mês, dirigentes sindicais denunciaram a representantes do Santander a falta de autonomia do médico do trabalho na avaliação de saúde do trabalhador. A guia no corpo do formulário da empresa Micelli, principal prestadora desse tipo de serviço ao banco, explicita que o profissional, antes de considerar o funcionário inapto para o trabalho, deve consultar o banco.
Na reunião do dia 22 um médico do trabalho dará explicações sobre os trâmites da avaliação médica. Na ocasião serão apresentadas as denúncias dos trabalhadores aos representantes do banco.
Rodolfo Wrolli - 15/9/2014
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Já foram garantidas cláusulas pré-existentes como licença parental, agora estendia aos casais homoafetivos. Dia 22 haverá nova reunião pra discussão de outros itens
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