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Manifestação por proposta para aditivo do Santander

Linha fina
Em Dia Nacional de Luta, bancários exigem melhores condições de trabalho com o fim das demissões, ampliação dos postos de trabalho, fim das reuniões diárias, conference calls e metas na área operacional
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São Paulo – Os trabalhadores diversas agências do Santander de São Paulo, Osasco e região retardaram o início das atividades nesta terça 11. O Dia Nacional de Luta é para a direção do banco espanhol atender as reivindicações para renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCV).

> Fotos e vídeo do Dia Nacional de Luta

Entre as exigências – apontadas em consulta por mais de 10 mil funcionários - estão a melhoria das condições de trabalho com o fim das demissões, ampliação dos postos de trabalho, fim das reuniões diárias, conference calls e metas para a área operacional.

“O Santander está com gestão totalmente equivocada. As unidades estão com poucos funcionários e a cobrança e a pressão são insuportáveis.  Isso aumenta a sobrecarga de trabalho e, consequentemente, os adoecimentos: quem não se afasta, está tomando remédio tarja preta”, afirma a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da mesa de negociação, Rita Berlofa. “A insatisfação pode ser verificada pela expressiva adesão dos trabalhadores de diversas agências ao Dia Nacional de Luta.”

Rita Berlofa cita ainda que até setembro deste ano o Santander lucrou R$ 4,3 bilhões no Brasil, o que representa 20% do resultado global. “Em que pese as adversidades, os empregados conquistaram esse bom resultado, que poderia ser maior se fossem valorizados e tivessem condições dignas de trabalho. Por isso estamos reivindicando que o banco mude de postura e atenda as reivindicações que apresentamos para a renovação do acordo aditivo”, diz.

Outras demandas apresentadas são melhorias no plano de saúde e na previdência complementar, com eleições democráticas e transparentes no SantanderPrevi, e mais bolsas de estudo com inclusão da pós-graduação. A sexta rodada de negociação está marcada para quarta-feira 13.

Paralisações - O Sindicato retardou o início do horário de atendimento em todas as regiões de São Paulo, como agências no corredor da Voluntários da Pátria, zona norte; agências da Teodoro Sampaio, Pedroso Alvarenga e Cunha Gago, na zona oeste; superintendência regional da zona leste, na Rangel Pestana; bem como unidades na Avenida Paulista, zona sul e calçadão de Osasco, dentre outros pontos.

“Isso é reflexo da gestão do [presidente do Santander Brasil] Jesus Zabalza, que destruiu o Santander no México e veio para cá com a mesma visão empresarial de reduzir custos através das demissões, mas ao mesmo tempo o banco ganha cada vez mais clientes. Isso acaba levando ao mau atendimento”, avalia um bancário lotado na Paulista.

Em 2014 o Santander liderou por sete meses consecutivos o ranking de reclamações do Banco Central (BC) entre as instituições financeiras com mais de 1 milhão de clientes. No ano passado, quando Jesus Zabalza assumiu no Brasil, o Santander foi campeão de queixas em oito dos 12 meses.

“Trabalhava na maior agência do Santander no Brasil [localizada na Avenida Paulista]. Há uns dois anos ela tinha 140 funcionários, hoje são 80. Antes um bancário tinha que gerenciar 300 contas correntes, hoje são mais de 400. As metas só aumentam. A valorização que a gente espera do Santander podia vir [com avanços] no acordo aditivo”, opina um funcionário, citando como exemplo a ampliação das bolsas de estudo.


Jair Rosa e Rodolfo Wrolli – 11/11/2014
(Atualizado às 13h41)

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