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Emprego formal tem resultado fraco, mas governo comemora

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Saldo foi de 34.313 vagas com carteira assinada em janeiro, metade de 2018 e equivalente a outros anos fraco. Quem entra segue ganhando menos em relação aos que saem
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Foto: Reprodução

O mercado formal de trabalho abriu 34.313 vagas em janeiro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quinta-feira 28 pelo Ministério da Economia. Foi o segundo melhor resultado para janeiro em seis anos, lembrou o governo, que comemorou o resultado do primeiro mês de 2019. Mas a variação, de apenas 0,09%, foi equivalente a outros anos fracos, como 2013 e 2014, e menos da metade do saldo de janeiro de 2018. O saldo de 2010, o melhor da série, superou 181 mil.

Em números absolutos, o setor de serviços foi o que criou mais postos de trabalho: 43.449, crescimento de 0,25%. A indústria de transformação abriu 34.929 (0,49%), com destaque para o segmento têxtil e de vestuário. E a construção civil foi responsável por mais 14.275 vagas, na maior alta percentual do mês (0,72%).

O resultado do Caged mostrou também concentração em duas regiões, Sul e Centro-Oeste. O Sudeste ficou estável, enquanto Norte e Nordeste registraram redução de vagas. Só 11 das 27 unidades da federação tiveram variação positiva, com destaque para Santa Catarina (20.157), São Paulo (14.648) e Rio Grande do Sul (12.431). O Rio de Janeiro fechou 12.253, a Paraíba eliminou 7.845 e Pernambuco, 7.242.

Mais uma vez, quem entra no mercado formal recebe menos. O salário médio de admissão em janeiro foi de R$ 1.618,96, enquanto os demitidos no mês passado ganhavam em média R$ 1.713,93.

Em 12 meses, o Caged registra saldo de 471.741 postos com carteira assinada, variação de 1,24%. O estoque agora é de 38,445 milhões de vagas formais. No melhor momento, em janeiro de 2015, chegou a 40,694 milhões.

Item previsto na "reforma" trabalhista, o desligamento mediante "acordo" entre empregador e empregado teve 17.754 casos em janeiro, em 12.432 estabelecimentos. O trabalho intermitente teve saldo de 3.352 empregos e a modalidade de tempo parcial, 135. São itens que os defensores do projeto de "reforma" defendiam para a retomada do emprego no país.

As principais ocupações requisitadas no trabalho intermitente foram alimentador de linha de produção (340), montador de máquinas (218), soldador (200) e garçom (164). No tempo parcial, recepcionista (85), auxiliar de escritório (66) e metrologista (47).

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